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Amnistia acusa Governo de EUA de não apoiar vítimas de violência armada

Amnistia Internacional (AI) acusou hoje o Governo dos EUA de não prestar o necessário apoio aos sobreviventes de violência armada, não cumprindo as obrigações de respeito pelos direitos humanos, segundo um relatório hoje divulgado.

Amnistia acusa Governo de EUA de não apoiar vítimas de violência armada
Notícias ao Minuto

15:23 - 11/07/19 por Lusa

Mundo Amnistia Internacional

O relatório da organização não governamental Amnistia Internacional intitulado "Scars of survival: Gun violence and barriers to reparation in the USA" ("Cicatrizes de sobreviventes: violência armada e barreiras na reparação nos EUA"), descreve como uma "crise de direitos humanos" as dificuldades no acesso a cuidados de saúde das vítimas.

A AI atribui o problema a políticas erradas de segurança social do Governo do Presidente Donald Trump, que terá agravado o acesso ao apoio das vítimas, elevando o custo dos cuidados de saúde e aumentando a burocracia.

No relatório hoje divulgado, a AI pede ao Governo dos EUA para aplicar mecanismos que garantam aos sobreviventes de violência armada uma "reparação plena e efetiva" dos efeitos dos ataques, que deixam trauma e dor.

"A maioria das pessoas entrevistadas disse-nos que ser baleado era apenas o começo do pesadelo deles. Os sobreviventes descreveram como continuam a lutar apesar de serem vítimas de crime, apesar de serem confrontados com custos proibitivos para tratar a sua dor crónica ou obter ajuda para se adaptarem a deficiências", disse Sanhita Ambast, investigadora da AI envolvida no relatório.

Para este documento, os investigadores da AI realizaram cerca de cem entrevistas, incluindo 25 a sobreviventes de tiroteios nas cidades de Miami e Tampa, no Estado da Florida, Baltimore, no Estado de Maryland, e Nova Orleães, no Estado de Louisiana.

Os investigadores falaram ainda com 11 prestadores de cuidados, 17 profissionais de saúde e 40 especialistas em saúde pública, para além de vários defensores de direitos cívicos e ativistas.

Nas conclusões do relatório, a Amnistia Internacional destaca ainda entre as principais causas do problema "os programas de ajuda inadequados para a compensação das vítimas".

O relatório da AI pede às autoridades norte-americanas para "controlar a violência armada e para garantir que os sobreviventes tenham o apoio necessário para enfrentar os danos que sofreram e poderem reconstruir a sua vida".

Para os responsáveis da organização não-governamental, o Governo dos EUA "não está a cumprir as suas obrigações de direitos humanos, ao não regulamentar adequadamente a compra, posse e uso de armas de fogo".

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