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Síria: Governo e ONU destacam "grandes progressos" para formar comité

O Ministério dos Negócios Estrangeiros sírio e o enviado da ONU anunciaram hoje, pela primeira vez desde o início das reuniões, "grandes progressos" para a formação de um comité que deverá estabelecer uma Constituição para o pós-guerra na Síria.

Síria: Governo e ONU destacam "grandes progressos" para formar comité
Notícias ao Minuto

18:49 - 10/07/19 por Lusa

Mundo Diplomacia

"Foram registados grandes progressos em direção a um acordo sobre um comité para discutir a Constituição", indicou o ministério após um encontro com o enviado da ONU para a Síria, Geir Pedersen, e o ministro sírio, Walid Mouallem.

Em declarações aos jornalistas, Pedersen referiu-se a "sólidos progressos" na sequência das discussões oficiais na capital síria, acrescentando que "se está muito perto de um acordo" sobre o estabelecimento do comité constitucional.

À sua chegada na terça-feira, o experiente diplomata sueco tinha manifestado a esperança de "ver avançar o processo político ao utilizar o comité constitucional para abrir as portas" e relançar o processo de paz, no impasse após mais de oito anos de guerra.

O seu antecessor, Staffan de Mistura tentou sem sucesso formar um comité constitucional.

Os opositores ao regime sírio pretendem redigir uma nova Constituição na totalidade, enquanto Damasco apenas pretende diversas emendas.

De acordo com o plano proposto pela ONU, o comité constitucional deve ser composto por 150 membros, 50 escolhidos pelo regime, 50 pela oposição e 50 selecionados pelo enviado especial da ONU.

Caso Damasco aceite a lista proposta por Pedersen, "o comité poderá iniciar o seu trabalho em setembro", indicaram hoje fontes citadas pelo diário pró-regime al-Watan.

Diversos ciclos de conversações conduzidas pela ONU tentaram terminar com um conflito que desde 2011 já provocou mais de 370.000 mortos e milhões de refugiados e deslocados.

Nos últimos anos, decorreram ainda negociações paralelas sob a égide do aliado russo do regime sírio e da Turquia, que apoia grupos rebeldes.

Pederson, que assumiu funções em janeiro, também referiu na ocasião esperar encontrar uma forma de "terminar com a violência" na região de Idlib, noroeste do país.

A sua deslocação ocorre quando o regime de Bashar al-Assad e o seu aliado russo multiplicam os bombardeamentos na região de Idlib, dominada por forças 'jihadistas'. De acordo com o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), mais de 540 civis foram mortos desde finais de abril.

O regime, apoiado militarmente por Moscovo, retomou aos rebeldes e aos 'jihadistas' o controlo de cerca de 60% do território sírio.

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