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Supremo da Colômbia emite mandado de prisão para ex-líder das FARC

O Supremo Tribunal de Justiça da Colômbia emitiu esta terça-feira um mandado de prisão contra o congressista e ex-líder das FARC Seuxis Paucias Hernández, conhecido como 'Jesús Santrich', pedindo a colaboração da Interpol na sua detenção, adiantou a Efe.

Supremo da Colômbia emite mandado de prisão para ex-líder das FARC
Notícias ao Minuto

06:55 - 10/07/19 por Lusa

Mundo Tribunal

A decisão do Supremo foi tomada depois de Hernández não se ter apresentado em tribunal onde devia ter comparecido para prestar declarações num processo de tráfico de droga.

O tribunal superior "resolveu emitir uma ordem de prisão para fins de investigação por crimes de conspiração agravada para fabrico, tráfico e porte de estupefacientes", de acordo com o mandado.

A decisão foi tomada pela Sala Especial de Instrução do Supremo Tribunal pelo que considera uma "ausência injustificada" à declaração programada no processo de narcotráfico.

O processo contra 'Santrich' e pelo qual é pedida a sua extradição para os EUA tem na base um alegado crime de tráfico de droga cometido depois de 01 de dezembro de 2016, quando entrou em vigor o acordo de paz assinado entre o Governo e as FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) a 24 de novembro desse ano.

Em maio passado a Jurisdição Especial para a Paz (JEP) concedeu a 'Santrich' a garantia de não extradição com o argumento de que as provas apresentadas pelos Estados Unidos eram insuficientes e o caso passou para o Supremo Tribunal, o qual deve decidir o seu caso.

O partido formado a partir da guerrilha, designado 'Fuerza Alternativa Revolucionaria del Común' (FARC, tal como a guerrilha colombiana) garantiu estar desiludido com 'Santrich' por este não ter comparecido em tribunal.

"'Jesús Santrich' não só é militante do nosso partido, como também faz parte da sua direção e ocupa um lugar na Câmara dos Representantes em nosso nome. Tem responsabilidades políticas muito sérias para com todos os que confiamos nele. Dececiona-nos e magoa-nos profundamente", lê-se num comunicado do partido.

O partido também garantiu que "essa conduta é unicamente responsabilidade" de 'Santrich' e destacou que "tal como outras decisões pessoais, não consulta nem o partido FARC nem a sua direção".

Nesse sentido, destacou que "independentemente da sua inocência ou culpabilidade" no caso "não se pode negar que as sucessivas decisões do Tribunal Constitucional, da JEP e do Conselho de Estado acabaram por reconhecer os seus direitos como cidadão e reintegrado".

Santrich foi detido a 17 de maio devido ao processo de tráfico de droga, mas, a 30 de maio, por decisão do Supremo Tribunal de Justiça colombiano foi libertado, uma vez que o tribunal considerou que o ex-líder das FARC beneficia de imunidade por ter sido nomeado congressista.

Santrich tomou o seu lugar como membro da Câmara dos Representantes, assumindo um dos cinco lugares que foram atribuídos à antiga guerrilha na câmara baixa por um período de oito anos, devido ao acordo de paz assinado em 24 de novembro de 2016.

O Departamento de Estado dos Estados Unidos considerou "lamentável" a decisão de libertar o antigo líder das FARC.

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