Tribunal de rebeldes Huthis condena 30 pessoas por espionagem
Um tribunal dos rebeldes iemenitas Huthi condenou hoje à morte 30 pessoas por "espionagem" em benefício da coligação militar liderada pela Arábia Saudita, disseram fontes judiciais em Sana.
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Mundo Iémen
Os condenados - académicos, sindicalistas e religiosos - foram julgados pelo Tribunal Criminal de Sana e estavam entre um grupo de 36 acusados que ficaram detidos por um ano, disse a mesma fonte à agência de notícias francesa AFP.
"O tribunal criminal pronunciou hoje o veredicto e condenou à morte 30 pessoas por espionagem em benefício dos países agressores", disse a fonte.
A mesma fonte disse que os condenados à morte foram considerados culpados de fornecer aos países da coligação informações sobre locais para ataques aéreos.
Os outros seis acusados foram absolvidos pelo tribunal.
A coligação militar liderada pela Arábia Saudita tem apoiado as forças do Governo no Iémen desde março de 2015 na guerra contra os rebeldes Huthi, que são por sua vez apoiados pelo Irão.
Desde que os Huthi tomaram a capital, em setembro de 2014, os seus tribunais emitiram várias sentenças de morte por espionagem.
Em maio de 2018, um tribunal de Sana condenou dois homens à morte por espionagem em benefício da Arábia Saudita.
Em janeiro passado, o mesmo tribunal proferiu uma sentença de morte contra uma jovem mãe de 22 anos, Asmaa al-Omeissy, e dois homens por "assistência a um país inimigo", neste caso os Emirados Árabes Unidos, um membro-chave da coligação.
Essas sentenças de morte ainda não foram aplicadas.
O conflito no Iémen já deixou dezenas de milhares de mortos, incluindo muitos civis, segundo várias ONG, e provocou a pior catástrofe humanitária da atualidade, de acordo com a ONU.
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