O ataque ocorreu contra o corpo militar responsável por manter a ordem pública da aldeia de Meliya, localizada a 15 quilómetros de Bol, na margem do Lago Chade.
Em declarações à agência France-Presse, um oficial de segurança da província do Lago Chade, que não quis ser identificado, disse que o Boko Haram matou quatro pessoas, um militar e três civis, incluindo uma mulher e uma adolescente.
"Meliya é uma vila onde os militares têm uma base", indicou a mesma fonte.
Uma fonte humanitária disse que uma ambulância que pretendia ajudar as vítimas do ataque foi danificada por uma mina do Boko Haram, mas não foi divulgado se o rebentamento provocou vítimas.
A região do Lago Chade é palco de ataques do grupo terrorista nigeriano Boko Haram desde junho de 2018, registando já cerca de uma dúzia de ataques.
No final de março, 23 soldados chadianos foram mortos no ataque a uma base no nordeste de Lac Chade.
No dia 21 de junho, um ataque do Boko Haram causou a morte de 11 soldados do Chade.
Os ataques do Boko Haram, que começaram em 2009 no nordeste da Nigéria, já causaram mais de 27.000 mortos e 1,8 milhões de deslocados no país, tendo-se alargado a países vizinhos como o Níger, o Chade e os Camarões.
Desde 2015, os países que fazem fronteira com a Nigéria têm lutado contra o Boko Haram na Força Multinacional Conjunta, uma coligação regional que atua na região do Lago Chade com a ajuda de comités de vigilância compostos por cidadãos locais.