Austrália pede explicações à China por detenção de escritor Yang Hengjun
A Austrália pediu explicações à China sobre a detenção do escritor Yang Hengjun, romancista chinês naturalizado australiano, enquanto um amigo da família relatou ameaças contra a sua mulher, que foi impedida de sair do país asiático.
© Reuters
Mundo Austrália
O antigo funcionário do ministério chinês dos Negócios Estrangeiros, de 53 anos, foi detido, em janeiro passado, na cidade de Cantão, sul da China, quando fazia escala a caminho da Austrália e encontra-se numa espécie de "prisão domiciliária", sem que se saiba o local ou motivo da detenção.
A ministra dos Negócios Estrangeiros da Austrália, Marise Payne, disse hoje que Camberra abordou o caso de Yang "regularmente" e pediu a Pequim que o tratasse de "forma justa, transparente e expedita", e que explicasse a detenção, segundo um comunicado divulgado hoje pela agência EFE.
A mulher de Yang, Yuan Xiaoliang, que tem residência permanente na Austrália, foi interrogada pelas autoridades chinesas, no domingo, quando se preparava para dar uma entrevista à emissora pública australiana ABC, que no final não foi realizada.
"A polícia deixou bem claro que ela seria punida se falasse com a imprensa estrangeira", disse Feng Chongyi, amigo do casal, à ABC.
Yuan tentou deixar a China na sexta-feira, mas as autoridades impediram-na de embarcar no avião para a Austrália, informou o canal.
"O que eu temo é que eles possam usá-la para confessar algo contra o marido ou mantê-la como refém para influenciar o marido", disse Feng à ABC.
Robert Stary, advogado do casal, instou o governo australiano a exigir a libertação imediata de Yang, já que não é um crime "exercer a liberdade de expressão ou defender os direitos democráticos", como o seu cliente fez.
A China tem uma longa história de prisões de dissidentes, alguns deles a residir no exterior, para depois acusá-los de crimes como subversão.
Consolidação de crédito: Perdido com vários créditos? Organize-os, juntando todos numa só prestação
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com