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França pede ao Irão fim de incumprimentos do acordo nuclear

França pediu hoje ao Irão que acabe com todos os incumprimentos do acordo nuclear de 2015 e adiantou estar em contacto com as partes implicadas com vista ao fim das tensões.

França pede ao Irão fim de incumprimentos do acordo nuclear
Notícias ao Minuto

20:04 - 07/07/19 por Lusa

Mundo Acordo nuclear

Uma porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros francês indicou, em comunicado, que França encara com "grande inquietação" o anúncio de Teerão de que começou a enriquecer urânio acima do limite de 3,67% fixado no acordo, esperando a confirmação da Agência Internacional de Energia Atómica.

"Pedimos firmemente ao Irão para que ponha termo a todas as atividades não conformes com os seus compromissos", afirmou a porta-voz.

No sábado, o Presidente francês, Emmanuel Macron, manifestou a vontade de "explorar até 15 de julho as condições de uma retoma do diálogo com todas as partes".

O acordo de 2015, assinado pelo Irão e os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU (Estados Unidos, França, Reino Unido, Rússia e China), mais a Alemanha, previa o levantamento de sanções internacionais à República Islâmica.

Teerão, pelo seu lado, comprometeu-se a reduzir as suas capacidades nucleares durante vários anos, aceitando maior vigilância do programa nuclear, de modo a tornar virtualmente impossível o fabrico de uma arma atómica, pretensão que sempre negou, mantendo uma indústria nuclear civil.

Contudo, em maio de 2018, o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou a saída do país do acordo nuclear e voltou a impor ao Irão uma série de sanções que penalizam, em particular, o setor petrolífero, crucial para os iranianos.

O regime iraniano justificou o incumprimento de alguns dos seus compromissos com o argumento de que os europeus não tornaram efetivos os seus, com os quais Teerão esperava contornar as sanções impostas pelos Estados Unidos.

Teerão reclama dos outros signatários do acordo nuclear, sobretudo dos países europeus, que o ajudem a continuar a vender o seu petróleo e a fazer trocas comerciais com o estrangeiro.

O Reino Unido e a Alemanha já apelaram ao Irão para que recue na sua decisão relativa ao enriquecimento de urânio a uma taxa proibida no acordo nuclear assinado em Viena, Áustria.

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