Meteorologia

  • 20 ABRIL 2024
Tempo
15º
MIN 15º MÁX 23º

Havana confirma que estão vivos de cubanos raptados no Quénia

Cuba confirmou hoje que os dois médicos cubanos sequestrados há quase três meses no Quénia e levados para a Somália estão vivos, negando que os sequestradores, supostamente militantes do grupo extremista Al-Shabab, tenham pedido um resgate.

Havana confirma que estão vivos de cubanos raptados no Quénia
Notícias ao Minuto

19:26 - 05/07/19 por Lusa

Mundo Cuba

O ministro da Saúde de Cuba, José Ángel Portal, disse na televisão estatal que "todas as ações possíveis estão a ser tomadas para o regresso" dos médicos, sem especificar detalhes sobre os esforços do executivo cubano, já que é "um processo complexo e requer tempo e discrição para o seu sucesso".

Portal explicou que prosseguem as conversações de alto nível entre os Governos de Cuba e do Quénia, sublinhando que "até ao momento ninguém colocou algum tipo de condição em troca da liberdade dos médicos, apesar de algumas informações que surgiram na imprensa e que foram logo desmentidas".

Isso contrasta com o testemunho, em meados de maio, de um grupo de anciãos de ambos os países africanos que viajaram para a remota região somali da Jubaland, controlada pela Al-Shabab, para negociar em nome dos cubanos, que foram vistos vivos e a dar assistência médica aos habitantes locais.

Esses intermediários garantiram, na altura, que os sequestradores estão a pedir um resgate de quase 1,5 milhão de dólares (1,3 milhão de euros).

Os médicos cubanos Landy Rodríguez e Assel Herrera foram sequestrados a 12 de abril por supostos membros do grupo 'jihadista' somali Al-Shabab na cidade queniana de Mandera, perto da fronteira com a Somália.

Rodríguez, cirurgião na província central de Villa Clara, e Herrera, um especialista em medicina geral na província oriental de Las Tunas, viajavam com escoltas armadas para o hospital em Mandera, quando foram intercetados e sequestrados depois de um tiroteio que matou um dos polícias que os acompanhavam.

As autoridades quenianas acreditam que por trás desse ato está o Al-Shabab, que se juntou à Al-Qaida em 2012 e, embora opere na Somália, muitas vezes faz incursões no vizinho Quénia para perpetrar ataques.

Landy Rodríguez e Assel Herrera fazem parte de um contingente de 101 profissionais cubanos, incluindo radiologistas, cirurgiões plásticos e ortopédicos, neurologistas e nefrologistas que chegou no ano passado ao Quénia no âmbito de um acordo bilateral para melhorar o acesso aos serviços de saúde especializados no país africano.

Após o evento, Cuba realocou os especialistas que trabalhavam nas regiões fronteiriças com a Somália.

Recomendados para si

;
Campo obrigatório