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Gravou chefe a assediá-la. Ela acabou presa, ele foi promovido

Caso aconteceu na Indonésia.

Gravou chefe a assediá-la. Ela acabou presa, ele foi promovido
Notícias ao Minuto

11:19 - 05/07/19 por Notícias ao Minuto

Mundo Assédio sexual

Um caso de assédio sexual está a gerar debate na Indonésia após a vítima ser condenada a seis meses de cadeia, enquanto o autor do assédio fica em liberdade, e entretanto até foi promovido.

O caso já tinha sido julgado no ano passado mas foi alvo de recurso. E a vítima perdeu.

Conta o New York Times que Nuril Maknun, de 41 anos, trabalhava em part-time com funcionária numa biblioteca numa escola conservadora, de educação religiosa muçulmana. 

Alvo de assédio repetido por parte do diretor da escola, Nuril decidiu gravar uma chamada em que foi alvo de comentários obscenos.

A gravação teria servido de prova mas acabou por valer a Nuril uma acusação de distribuição de material obsceno. 

A mulher argumenta que um colega descarregou a gravação, numa outra sala, e que a distribuiu. Mas os procuradores indonésios acusaram-na de ter sido ela a partilhar a gravação, com o intuito de a distribuir.

Vítima de assédio, acabou por ser ela a acusada que viu agora a sua sentença de seis meses de cadeia ser confirmada em tribunal. Uma "óbvia injustiça", desabafou após a decisão.

O autor do assédio sexual, no entretanto, foi promovido mais do que uma vez desde o incidente, escreve o jornal nova-iorquino.

O advogado de Nuril realça que não irá pedir um perdão presidencial dado que a vítima é inocente e não pretende reconhecer como correta a decisão da justiça indonésia.

O presidente Joko Widodo, eleito este ano, tinha dito antes da campanha que a iria amnistia. Conselheiros do presidente irão agora debruçar-se sobre o caso para tomar uma decisão.

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