López Obrador admite que combate à violência permanece "matéria pendente"
O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, reconheceu hoje que não conseguiu diminuir o número de crimes no país e que a violência permanece uma "matéria pendente", após um novo recorde de homicídios publicado por um diário.
© Getty Images
Mundo México
"É uma matéria pendente e não conseguimos diminuir o número de delitos. Em particular o relacionado com homicídios, que é praticamente o mesmo" que anteriormente, disse o líder do Movimento de Regeneração Nacional (Morena, esquerda) durante a sua conferência matutina diária no Palácio Nacional.
Hoje, o diário El Universal (de tendência conservadora) publica uma contagem própria -- baseada em números oficiais --, que aponta para um primeiro semestre recorde em violência no México com 17.065 assassinatos, superior aos 16.585 mortos do mesmo período de 2018.
O Presidente assinalou hoje que mantém o compromisso de combater a criminalidade e recordou a criação da Guarda Nacional, um novo corpo de segurança formado por militares do exército, marinha e polícia federal.
López Obrador recordou que anteriormente apenas existiam 10.000 polícias federais para proteger todos os mexicanos, porque o exército e a marinha apenas podiam atuar em "operações especiais".
"Com outras ações [para além da Guarda Nacional], estou convencido que vamos divulgar números mais positivos", assinalou.
Considerou que esta vaga de violência é uma "herança" de anteriores governos e a insegurança "enraizou-se" porque a segurança pública foi abandonada sem serem abordados os motivos.
"E sobretudo abandonaram-se os jovens. Formou-se um exército de reserva, para ser canalizado para o crime organizado", disse.
Por fim, recordou que nas suas anteriores funções de responsável pelo município da capital, conseguiu diminuir em 30% o roubo de veículos.
Disse também que pretende reduzir o número de três assassinatos diários na Cidade do México, e concluiu ao recordar que foi possível baixar os índices na capital "atendendo às causas e com coordenação, profissionalismo e perseverança".
O México regista nos últimos anos uma acentuada taxa de violência, com 33.469 assassinatos em 2018, o número mais elevado desde o início, há duas décadas, dos registos oficiais.
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