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Conselho Europeu continua suspenso para consultas

O Conselho Europeu extraordinário, cujos trabalhos deveriam ter sido retomados às 11h00 em Bruxelas, continua suspenso, com os líderes dos 28 a prosseguirem as consultas de modo a desbloquear o impasse nas nomeações para os lugares de topo europeus.

Conselho Europeu continua suspenso para consultas
Notícias ao Minuto

14:50 - 02/07/19 por Lusa

Mundo Bruxelas

Inicialmente agendado para as 11h00 em Bruxelas (10h00 em Lisboa), o recomeço dos trabalhos da reunião extraordinária dos chefes de Estado e de Governo da União Europeia (UE) foi inicialmente remarcado para as 13h00, sofrendo depois dois adiamentos, uma vez que ainda estão a decorrer encontros bilaterais e outras reuniões entre líderes europeus.

"As consultas prosseguem", publicou o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, na sua conta na rede social Twitter há minutos, confirmando um novo adiamento na reunião, que deveria recomeçar às 15:15.

Esta manhã, o nome da ministra alemã da Defesa, Ursula von der Leyen, emergiu como uma solução mais consensual do que o do socialista holandês Frans Timmermans, rejeitado, entre outros, pelo Grupo de Visegrado e pela Itália, para a presidência da Comissão Europeia.

Próxima de Angela Merkel, a política de 60 anos parece reunir o apoio dos líderes da sua família política, o Partido Popular Europeu, assim como dos de Visegrado (Polónia, Hungria, República Checa e Eslováquia), que rejeitavam terminantemente que Timmermans, o atual primeiro vice-presidente da Comissão Europeia e o principal 'rosto' de Bruxelas nos 'braços de ferro' com Polónia e Hungria devido às alegadas violações ao Estado de direito naqueles países, liderasse a Comissão.

Caso Ursula von der Leyen seja nomeada pelos líderes, será a primeira mulher à frente do executivo comunitário.

Com os hipotéticos nomes para os cargos de topo da UE a mudarem quase minuto a minuto, o do primeiro-ministro belga em funções, o liberal Charles Michel, apontado para a presidência do Conselho Europeu, é o outro que, de acordo com fontes europeias, ainda se mantém como uma solução viável no 'pacote' que está ser negociado.

Na segunda-feira de manhã, e depois de uma longa e infrutífera maratona negocial, Donald Tusk anunciou a interrupção do Conselho Europeu perante a impossibilidade de chegar a um compromisso sobre as nomeações para os cargos de topo.

Os líderes dos 28 chegaram à cimeira europeia às 18:00 locais de domingo (menos uma hora de Lisboa) e estiveram reunidos, a 28 mas também em encontros bilaterais e várias rondas de consultas, durante 18 horas, antes que o político polaco reconhecesse o "fracasso" das negociações e agendasse o reinício da reunião extraordinária para as 11:00 de hoje.

Depois de já ter falhado um acordo na cimeira de 20 de junho, o Conselho Europeu voltou a não entender-se, em torno das soluções propostas, com vários líderes do Partido Popular Europeu (PPE) a oporem-se à solução negociada, em Osaka, entre a chanceler alemã Angela Merkel (PPE), o presidente do Governo espanhol, Pedro Sánchez (Socialistas) e o Presidente francês, Emmanuel Macron (Liberais), que previa a designação do socialista holandês Frans Timmermans para a presidência da Comissão Europeia.

Com a sessão constitutiva do Parlamento Europeu a decorrer hoje, resta pouco tempo aos líderes da UE para chegar a um entendimento que evite uma crise institucional na UE, e que, em último caso, forçaria a atual 'Comissão Juncker' a estender o seu mandato, que termina em 31 de outubro próximo.

O Parlamento Europeu já tinha decidido adiar a eleição do seu novo presidente, que estava agendada para hoje, para quarta-feira, esperando que até lá o Conselho chegue a um compromisso na negociação do 'pacote' das nomeações dos cargos de topo da UE.

Embora a presidência da assembleia europeia seja decidida pelos eurodeputados, é tradicionalmente também negociada em 'pacote', juntamente com a presidência da Comissão, do Conselho Europeu, do Banco Central Europeu e o cargo de Alto Representante para a Política Externa, de modo a serem respeitados os necessários equilíbrios (partidários, geográficos, demográficos e de género) na distribuição dos postos.

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