China considera "deplorável" Irão ultrapassar limite de urânio acumulado
Pequim considerou hoje "deplorável" que o Irão ultrapasse o limite de urânio enriquecido acumulado previsto no acordo sobre o seu programa nuclear, de que a China é signatária, e culpou Washington pelo aumento das tensões.
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Mundo China
"A China considera deplorável o caminho seguido pelo Irão, mas ao mesmo tempo enfatizamos repetidamente que a pressão máxima exercida pelos Estados Unidos é a fonte das atuais tensões", disse Geng Shuang, porta-voz do ministério chinês dos Negócios Estrangeiros.
"Pedimos a todas as partes que vejam a situação a partir de uma perspetiva global de longo prazo, para que se exerça moderação e se cumpra o acordo, a fim de evitar uma escalada maior" acrescentou.
O chefe da diplomacia iraniana, Mohammad Javad Zarif, anunciou na segunda-feira que o seu país tinha "ultrapassado o limite dos 300 quilogramas" de urânio pouco enriquecido determinado pelo acordo, o que foi confirmado pela AIEA, a agência da ONU que verifica a aplicação por Teerão do pacto.
Em resposta à decisão do presidente norte-americano, Donald Trump, de retirar unilateralmente o seu país do acordo em maio de 2018 e de restabelecer sanções contra o Irão, Teerão anunciou a 8 de maio que não se sentia obrigado a continuar a respeitar dois dos seus compromissos no pacto, relativos aos limites das reservas de urânio pouco enriquecido (300 quilogramas) e de água pesada (130 toneladas).
A decisão coloca ainda mais pressão sobre a China e os países europeus, após a retirada unilateral dos Estados Unidos.
Os restantes signatários do acordo - Alemanha, China, França, Reino Unido e Rússia - mantêm o seu compromisso, mas até agora não têm sido capazes de ajudar o Irão a contornar as sanções norte-americanas, para beneficiar das vantagens económicas que o pacto prometia em troca de limitações e maior vigilância internacional do seu programa nuclear.
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