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Sánchez vai a debate de investidura dia 22 ainda sem apoios suficientes

O candidato do PSOE e primeiro-ministro de Espanha, Pedro Sánchez, vai tentar ser confirmado nesse cargo num debate de investidura que começa no dia 22 de julho, apesar de não ter ainda os apoios necessários.

Sánchez vai a debate de investidura dia 22 ainda sem apoios suficientes
Notícias ao Minuto

10:18 - 02/07/19 por Lusa

Mundo Espanha

Sánchez comunicou essa data numa conversa telefónica que teve hoje com a presidente do Congresso dos Deputados (parlamento), Meritxell Batet, a partir de Bruxelas, onde está retido numa cimeira de líderes europeus que foi suspensa na segunda-feira e continua hoje para tentar chegar a um acordo sobre a distribuição dos principais cargos da União Europeia.

"O debate de investidura inicia-se a 22 de julho" próximo e uma primeira votação terá lugar no dia seguinte, 23 de julho, anunciou Batet depois da conversa que teve com Sánchez.

Mais de dois meses depois das eleições legislativas de 28 de abril último, o chefe do Governo de gestão decidiu apresentar-se ao debate de investidura em julho apesar de não contar com os apoios suficientes para garantir a sua continuidade como primeiro-ministro.

Sánchez, que também é o secretário-geral do PSOE (Partido Socialista Espanhol) defende a criação de um "Governo de cooperação" com o Unidas Podemos (extrema-esquerda) que, no entanto, faz depender o seu apoio da participação de ministros desta formação no futuro executivo.

A soma do PSOE (123) e do Unidas Podemos (42) fica 11 votos aquém da maioria absoluta (176) necessária para que Pedro Sánchez seja investido à primeira volta no parlamento.

Mesmo com o apoio do Unidas Podemos, o que não está confirmado, Sánchez teria de negociar o apoio de outros partidos ou, na pior das hipóteses, a sua abstenção numa segunda volta, 48 horas depois da primeira, quando apenas precisar da maioria dos votos expressos.

Pedro Sánchez deverá iniciar, assim que regresse de Bruxelas, mais uma ronda de negociações para tentar encontrar os apoios de que precisa.

Os partidos de direita, Partido Popular (PP) e Cidadãos (direita liberal), já asseguraram a Sánchez que não irão facilitar a formação do Governo.

Nas legislativas realizadas em 28 de abril último, os socialistas foram o partido mais votado, com quase 29% dos votos, mas outros quatro partidos tiveram mais de 10%, acentuando a grande fragmentação política do país.

O PSOE tem 123 deputados eleitos (28,68% dos votos), o PP 66 (16,70%), o Cidadãos 57 (15,86%), a coligação Unidas Podemos 42 (14,31%), o Vox (extrema-direita) 24 (10,26%), tendo os restantes sido eleitos em listas de formações regionais, o que inclui partidos nacionalistas e independentistas.

O começo do debate a 22 de julho próximo significa que a primeira votação, em que precisa do voto a favor de metade mais um (176) do total de parlamentares (350), se irá realizar a 23 de julho (terça-feira) e a segunda votação 48 horas depois, a 25 de julho (quinta-feira).

Se Pedro Sánchez não conseguir ser investido nestas datas terá dois meses a partir do dia da primeira votação, ou seja até 24 de setembro, para tentar encontrar uma solução que, a não ser alcançada, poderá significar a marcação de eleições, o que, segundo a imprensa espanhola, poderá cair a 10 de novembro (domingo).

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