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EUA confirma que já começaram negociações com a China

O Presidente norte-americano, Donald Trump, confirmou hoje que as negociações com a China, para o fim da guerra comercial entre os dois países, "já começaram", dois dias após o encontro que manteve com o homólogo chinês, Xi Jinping.

EUA confirma que já começaram negociações com a China
Notícias ao Minuto

06:40 - 02/07/19 por Lusa

Mundo Presidente dos EUA

"Elas já começaram", respondeu Trump aos jornalistas, quando questionado sobre as negociações com Pequim, depois de ter acordado com o Governo chinês uma nova trégua nas disputas comerciais, levando Washington a suspender a imposição de novas tarifas.

O princípio de acordo alcançado por Trump e Xi durante a cimeira do G20 em Osaka (Japão) significou que os EUA concordaram em permitir que empresas norte-americanas vendam produtos da tecnológica chinesa Huawei.

As medidas dos EUA contra a empresa chinesa foram destaque em parte das negociações em Osaka, após os Estados Unidos vetarem este ano a venda de componentes da Huawei e manter um pedido de extradição contra a sua diretora financeira, Meng Wanzhou, detida no Canadá.

Trump ameaçou, antes da reunião de Osaka, impor tarifas entre 10 e 25% a 325 mil milhões de dólares (288 mil milhões de euros) em importações chinesas, o que alarmou os mercados internacionais e inúmeras empresas, que temiam aumentos de preços em alguns dos produtos.

O acordo com Xi implica que essas cobranças estão fora da mesa por enquanto, mas os EUA mantém as suas tarifas sobre produtos chineses no valor de 250 mil milhões de dólares (221 mil milhões de euros), e a China mantém as tarifas sobre as importações dos EUA em 110 mil milhões de dólares (97,5 mil milhões de euros).

O Tesouro dos EUA incluiu a Huawei numa lista negra em meados de maio, o que impede que as empresas do país vendam componentes originais sem a aprovação do governo, suspeitando que a empresa chinesa, líder no desenvolvimento da tecnologia 5G, poderia aproveitar esses sistemas para espionagem.

Como resultado, empresas como o Google anunciaram que pararam de fornecer serviços de tecnologia para a empresa chinesa, uma situação que inquietou milhões de proprietários de telemóveis em todo o mundo, face à incerteza sobre as futuras atualizações do sistema operativo Android.

A nova ronda de negociações já começou com telefonemas, ficando-se à espera pela decisão dos locais para os novos encontros entre altos cargos dos dois governos.

As tensões entre Washington e Pequim têm origem no desequilíbrio da balança comercial a favor da China, que anualmente exporta 419 mil milhões de dólares (371 mil milhões de euros) a mais do que as importações dos Estados Unidos.

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