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Cimeira sobre cargos de topo da UE continua interrompida para consultas

A cimeira extraordinária continua interrompida em Bruxelas após seis horas, com o presidente do Conselho Europeu a prosseguir as reuniões bilaterais com os líderes dos 28 para desbloquear o impasse nas nomeações para os lugares de topo europeus.

Cimeira sobre cargos de topo da UE continua interrompida para consultas
Notícias ao Minuto

04:49 - 01/07/19 por Lusa

Mundo Bruxelas

Suspensa por Donald Tusk cerca das 23:06 horas (menos uma hora em Lisboa), a reunião extraordinária dos chefes de Estado e de Governo da União Europeia (UE) ainda não recomeçou, com uma fonte do Conselho Europeu a revelar que o presidente do Conselho iniciou uma segunda fase de consultas juntos dos líderes, sem especificar quais.

De acordo com fontes europeias, na primeira ronda de consultas, o político polaco terá testado alternativas ao candidato principal do Partido Popular Europeu, o alemão Manfred Weber, para a presidência do executivo comunitário, apresentando os nomes do francês Michel Barnier, negociador-chefe europeu para o 'Brexit', do primeiro-ministro irlandês, Leo Varadkar, e a búlgara Kristalina Georgieva, diretora-executiva do Banco Mundial.

Após a conclusão da primeira ronda de reuniões bilaterais, Tusk chamou à sala o apelidado grupo de Osaka, antes de partir para uma segunda fase de consultas.

Agendada para as 18:00 de domingo, a cimeira extraordinária já tinha começado com um atraso de cerca de três horas, tendo sido interrompida pouco mais de uma hora depois de ter início.

Num primeiro momento, foi anunciado que as consultas de Tusk com os líderes iriam prolongar-se por duas horas, uma margem largamente ultrapassada -- a demora foi tanta que permitiu a passagem de testemunho da presidência do Conselho da UE da Roménia para a Finlândia.

Apesar do otimismo demonstrado à chegada pelo primeiro-ministro português, António Costa, quanto à possibilidade do socialista holandês Frans Timmermans chegar à presidência da Comissão Europeia, a resistência apresentada pelos líderes do Partido Popular Europeu ao já denominado acordo de Osaka criou um novo impasse nas negociações para as nomeações dos cargos de topo europeus.

A proposta desenhada, à margem da cimeira do G20, na cidade japonesa de Osaka pela chanceler alemã, Angela Merkel, pertencente àquela família política, pelo presidente francês, Emmanuel Macron, pelo presidente do Governo espanhol, o socialista Pedro Sánchez, e pelo primeiro-ministro holandês, o liberal Mark Rutte, 'entregava' a presidência da Comissão ao candidato principal dos socialistas, Frans Timmermans, o Conselho a um liberal, e o Parlamento Europeu e o cargo de Alto Representante aos conservadores.

A noite já se adivinhava longa, pelo que os serviços do Conselho tinham anunciado que a cimeira, que teve início no domingo, poderia prolongar-se até um "pequeno-almoço na segunda-feira".

Sem 'fumo branco' à vista, a 'maratona' negocial prossegue em Bruxelas, em cima do prazo limite para tentar encontrar um compromisso, uma vez que na terça-feira tem início, em Estrasburgo, França, a sessão inaugural da nova legislatura do Parlamento Europeu (PE), na qual será eleito o presidente da assembleia, um dos lugares de topo negociados 'em pacote'.

Além da presidência do executivo comunitário -- o posto que todos querem, e pelo qual estão dispostos a 'abrir mão' dos restantes -- estão em jogo as presidências do Conselho Europeu, do Banco Central Europeu e de Alto Representante para a Política Externa, assim como a presidência do Parlamento Europeu, já que, embora esta seja decidida pelos eurodeputados, é tradicionalmente também negociada 'em pacote', de modo a serem respeitados os necessários equilíbrios (partidários, geográficos, demográficos e de género) na distribuição dos postos.

Perante o impasse nas negociações entre as três grandes políticas famílias europeias -- Partido Popular Europeu (PPE), Socialistas Europeus e Liberais --, o Parlamento Europeu decidiu adiar por 24 horas a eleição do seu novo presidente, que estava agendada para terça-feira, primeiro dia da sessão, e passa para quarta-feira, esperando que até lá o Conselho chegue a um compromisso.

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