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HRW quer investigação sobre confrontos polícia/manifestantes em Hong Kong

A Human Rights Watch defendeu hoje que Hong Kong crie de imediato uma comissão independente para investigar o alegado uso excessivo de força pela polícia a 12 de junho, quando confrontos com manifestantes causaram pelo menos 80 feridos.

HRW quer investigação sobre confrontos polícia/manifestantes em Hong Kong
Notícias ao Minuto

17:41 - 28/06/19 por Lusa

Mundo Hong Kong

"Embora a polícia tenha a responsabilidade de fornecer segurança pública, tem de obedecer a critérios de direitos humanos no uso da força", afirmou a diretora para a China da organização Human Rights Watch (HRW), Sophie Richardson.

"O uso bem documentado pela polícia de Hong Kong de força excessiva contra manifestantes pacíficos exige urgentemente uma investigação totalmente independente", considerou, numa carta hoje enviada à chefe do Governo de Hong Kong, Carrie Lam.

No dia 12 de junho passado, milhares de manifestantes reuniram-se junto ao Conselho Legislativo de Hong Kong para protestar contra a lei da extradição, formando barricadas para impedir qualquer ação policial.

Junto ao parlamento, os manifestantes -- a maioria dos quais com máscaras ou lenços a cobrir a quase totalidade da cara - gritavam palavras de ordem como "Não à China!" e "Precisamos de democracia!".

O protesto visou conseguir que o Governo recuasse na intenção de avançar com alterações à lei da extradição, que permitiriam a extradição de suspeitos para países que não têm acordo com Hong Kong, como é o caso da China continental.

A polícia de Hong Kong acabou por carregar sobre os manifestantes, numa das zonas de acesso ao Conselho Legislativo local, lançou também gás pimenta para obrigar os manifestantes a dispersar.

À carga policial, os manifestantes tentaram travar o avanço da polícia com grades, mas a esmagadora maioria colocou as mãos no ar. Outros começaram a distribuir máscaras de proteção contra o gás pimenta.

O Governo de Hong Kong opôs-se a pedidos públicos para uma investigação completa sobre a resposta da polícia ao protesto que, segundo o Hospital de Hong Kong, provocou 81 feridos.

"A reputação das autoridades de Hong Kong está em jogo, não apenas por promover uma legislação profundamente impopular, mas também pelo tratamento dado dos manifestantes", alertou Sophie Richardson.

"Criar uma comissão independente de inquérito - que defenda as obrigações de direitos humanos de Hong Kong - pode ajudar a restaurar alguma credibilidade", concluiu.

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