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Funcionário do consulado dos EUA em Istambul permanece sob detenção

Um tribunal turco voltou a rejeitar hoje um pedido de liberdade condicional para um funcionário turco do consulado norte-americano em Istambul e cujo processo tem fomentado as tensões entre Ancara e Washington.

Funcionário do consulado dos EUA em Istambul permanece sob detenção
Notícias ao Minuto

15:17 - 28/06/19 por Lusa

Mundo Turquia

O tribunal atendeu ao parecer do procurador que se opôs à liberdade condicional para Metin Topuz, ao alegar um "risco de fuga", referiu a agência noticiosa AFP.

Pedidos similares foram rejeitados no decurso das duas primeiras audiências deste processo, em março e maio.

O processo foi adiado para 18 de setembro. Antes desta data, o tribunal procederá a um "reexame" do dossiê em 25 de julho e 21 de agosto.

A decisão do tribunal em manter Topuz em detenção ocorre na véspera de um encontro entre os Presidentes turco Recep Tayyip Erdogan e norte-americano Donald Trump, previsto para sábado à margem da cimeira do G-20 no Japão.

Os dois chefes de Estado deverão designadamente abordar a ameaça norte-americana de impor sanções à Turquia caso o país euro-asiático não renuncie à compra do sistema de defesa antiaérea russo S-400, com a entrega prevista para julho.

Numa medida interpretada como um gesto de apaziguamento antes deste encontro, um tribunal turco decidiu na terça-feira terminar com o regime de prisão domiciliária imposto a outro empregado do consulado norte-americano em Istambul e que foi indicado por pertencer a uma "organização terrorista".

Topuz, que no consulado norte-americano estabelecia a ligação entre as autoridades norte-americanas e a brigada de combate ao tráfico de droga da polícia turca, foi detido em outubro de 2017 e mantido desde então em detenção provisória.

Indiciado pelas autoridades turcas de "espionagem" e "tentativa de derrube do governo", arrisca prisão perpétua.

As autoridades turcas acusam-no designadamente de estar relacionado com o movimento do predicador Fethullah Gülen, que Ancara qualifica de "grupo terrorista". Gülen é considerado pela Turquia como o "cérebro" da tentativa de golpe de Estado de 2016, uma alegação que tem negado sistematicamente.

Topuz afirma que os contactos mantidos com pessoas que as autoridades turcas consideram apoiantes de Gülen se inscreviam no âmbito das suas funções e que se limitava a "obedecer a ordens" dos seus superiores no consulado.

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