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UNICEF alerta para a necessidade de apoios a crianças migrantes nos EUA
O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) alertou hoje para a "necessidade de proteção e serviços de apoios" a crianças migrantes nos Estados Unidos, num comunicado enviado à agência Lusa.
© Reuters
Mundo UNICEF
Na sequência da morte de uma menina de menos de 2 anos na fronteira México-Estados Unidos e do seu pai, a Diretora Executiva da UNICEF, Henrietta Fore, reagiu num comunicado declarando que o acontecimento "mostra como é urgente a necessidade de uma ação coordenada para abordar as causas profundas da imigração irregular e de manter as crianças seguras".
Henrietta Fore refere que há relatórios recentes, provenientes de alguns abrigos para crianças, que são "assustadores" e alerta que as crianças "não devem estar em ambientes inseguros que podem causar stress e danos irreparáveis à sua saúde e ao seu desenvolvimento" e que é necessário apoio financeiro para garantir a ajuda necessária às famílias.
"É difícil compreender que isto esteja a acontecer num país com uma história tão rica de apoio às crianças mais vulneráveis em todo o mundo, particularmente àquelas que têm que se afastar das suas casas e comunidades devido às mais diversas crises", acrescentou.
Fore disse que na semana passada visitou crianças e famílias que estão num abrigo de migrantes em Tijuana, no México, e conta que nenhum refugiado queria deixar o seu país, mas que o fizeram para escaparem ao clima de violência gerado por gangues e também à "pobreza opressiva".
A Diretora Executiva anunciou que a UNICEF já está a tomar medidas para auxiliar as crianças migrantes e pede ainda aos países de origem, de trânsito e de destino para que desenvolvam "uma abordagem coordenada para garantir os direitos, a proteção, o bem-estar e a dignidade das crianças migrantes e refugiadas".
A imagem dos corpos de um pai e da sua filha, que morreram afogados quando tentavam atravessar clandestinamente a fronteira México-Estados Unidos (EUA), suscitou a indignação internacional ao mostrar o drama migratório vivido naquela região.
A fotografia divulgada na quarta-feira, e reproduzida por vários 'media' internacionais, mostra os cadáveres de Oscar Martinez Ramirez, um cozinheiro de 25 anos de El Salvador, e da sua filha de 23 meses, posicionados de barriga para baixo a flutuar na margem do rio Bravo (ou rio Grande na terminologia norte-americana).
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