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Venezuela: Quase 200 militares detidos e acusados de traição à pátria

A Assembleia Nacional da Venezuela revelou hoje que quase 200 militares das Forças Armadas Venezuelanas foram detidos pelas forças de segurança, acusados de traição à pátria e alguns deles foram torturados.

Venezuela: Quase 200 militares detidos e acusados de traição à pátria
Notícias ao Minuto

22:53 - 25/06/19 por Lusa

Mundo Parlamento

O anúncio teve lugar durante um debate na Assembleia Nacional, na qual a oposição ao Presidente do país, Nicolás Maduro, detém a maioria.

O presidente da Comissão de Defesa do parlamento, Eliezer Sirit, precisou que estão "198 militares detidos, injustamente detidos", sendo a maioria do Exército, havendo ainda entre os presos militares dos outros dois ramos das Forças Armadas (Força Aérea e Marinha) e da Guarda Nacional (polícia militar).

"O Governo de Maduro considera traição à pátria defender a Constituição, fazer reclamações e assumir condutas de denúncia", disse Eliezer Sirit.

Segundo o parlamento, familiares dos militares estão a ser "perseguidos", referindo que algumas detenções ocorreram inclusive durante a visita à Venezuela da Alta-Comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, na semana passada.

"Não vão apenas contra os militares, também contra as mulheres e familiares. Usam qualquer coisa que vejam nos telefones dos militares para investigar e fazer uma purga. As torturas são realizadas fundamentalmente na Direção-Geral de Contrainteligência Militar (serviços secretos militares) e não há direito à devida defesa", afirmou o deputado Rafael Veloz Garcia.

O parlamentar referiu que há mais de quatro mil militares ativos que foram transferidos de lugar e entre os detidos há seis tenentes-coronéis cujo delito foi reclamar a escassez de alimentos e medicamentos nos quartéis.

Rafael Veloz Garcia adiantou que alguns militares foram detidos por exigir respeito pela Constituição da Venezuela e outros por "emitir critérios sobre a presença de grupos irregulares" no país.

Entretanto a organização governamental (ONG) Foro Penal Venezuela anunciou hoje que enviou para a Organização dos Estados Americanos uma listagem com dados de presos políticos venezuelanos para verificação e certificação.

A listagem, segundo aquela ONG, contém os dados de 688 presos políticos, 105 deles militares e 583 civis, dos quais 51 são mulheres e 637 são homens. Quanto às idades 687 são adultos e 1 adolescente.

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