Amnistia pede ao Sri Lanka que abandone plano de aplicar pena de morte
A Amnistia Internacional (AI) pediu hoje ao Sri Lanka que abandone o seu plano de aplicar a pena de morte a traficantes de drogas, depois de as autoridades da ilha contratarem e formarem carrascos para a tarefa.
© Reuters
Mundo Pena de morte
"O Presidente do Sri Lanka, Maithripala Sirisena, deve parar imediatamente os seus planos de retomar as execuções de pelo menos 13 prisioneiros condenados por crimes relacionados com drogas", indicou esta organização de defesa dos direitos humanos em comunicado.
A Amnistia Internacional alertou que, segundo os meios de comunicação locais, as execuções podem começar durante a Semana Nacional de Erradicação de Drogas, que começou na passada sexta-feira e termina em 01 de julho.
"Várias fontes confirmaram à Amnistia Internacional que os carrascos recém-contratados foram treinados (...) e que o Presidente Sirisena pretende retomar os enforcamentos", referiu a organização não-governamental (ONG), embora neste momento não haja confirmação oficial.
Para o diretor da AI no sul da Ásia, Biraj Patnaik, "a última coisa que o Sri Lanka precisa neste momento é de mais mortes em nome da vingança".
A Amnistia concluiu que essa falta de transparência pública pretende "impedir que os ativistas de direitos humanos acedam a informações vitais (...) para proteger os direitos das pessoas que enfrentam a pena de morte".
Em fevereiro, as autoridades penitenciárias do Sri Lanka anunciaram que estavam a recrutar carrascos após o Presidente do país ter prometido encerrar uma moratória de 43 anos sobre a pena de morte e passar a executar traficantes de droga condenados.
A pena capital continua em vigor na ilha por crimes como alta traição, assassínio e tráfico de drogas, embora a última autorização presidencial necessária para a aplicação de uma sentença tenha ocorrido em 1976, pelo que, na prática é substituída por prisão perpétua.
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