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Rússia garante que drone estava em espaço iraniano quando foi abatido

O secretário do conselho de segurança russo, Nikolaï Patrouchev, afirmou hoje ter informações que mostram que o drone norte-americano abatido pelo Irão na semana passada estava no espaço aéreo iraniano e não no internacional, como garante Washington.

Rússia garante que drone estava em espaço iraniano quando foi abatido
Notícias ao Minuto

13:01 - 25/06/19 por Lusa

Mundo EUA/Irão

"Disponho de informações do Ministério russo da Defesa, segundo as quais o drone se encontrava em espaço aéreo iraniano", disse Patrouchev numa conferência de imprensa realizada em Jerusalém, citado pelas agências de notícias russas

"Ainda não vimos provas do contrário", acrescentou.

As tentativas de apresentar o Irão como "principal ameaça à segurança regional" ou mostrar o país como se fosse um grupo terrorista internacional "não são aceitáveis", sublinhou, referindo que o "Irão tem contribuído muito na luta contra o terrorismo no território da Síria e para a estabilização da situação naquele país".

Um drone norte-americano foi destruído em 20 de junho por um míssil iraniano -- no espaço aéreo iraniano, segundo Teerão, ou no espaço aéreo internacional, segundo Washington --, agravando a tensão entre os dois países.

Quatro dias depois do incidente, os Estados Unidos anunciaram novas sanções contra Teerão.

O Presidente dos Estados Unidos impôs na segunda-feira "duras" sanções ao Irão, e advertiu os responsáveis máximos iranianos de que a sua "contenção" face às tensões no golfo Pérsico não durará para sempre.

O braço de ferro surge num contexto já muito tenso, depois de ataques de origem desconhecida contra petroleiros no mar de Omã, atribuídos por Washington ao Irão, apesar de Teerão rejeitar veementemente a acusação.

As novas sanções impostas pelos Estados Unidos ao Irão são vistas pelo ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Serguéi Lavrov, como muito semelhantes às implementadas contra o Iraque em 2003, o que constitui um sinal de alarme para Moscovo, afirmou.

"Estamos preocupados. As últimas sanções anunciadas pela Administração [do Presidente Donald] Trump contra altos dirigentes do Irão são alarmantes e enviam-nos um sinal de que a situação se desenvolve com base num guião muito mau", afirmou Lavrov.

A situação, assinalou o ministro russo, lembra-lhe o ano 2003, quando o então secretário de Estado dos Estados Unidos, Collin Powell, insistiu na existência de armas químicas na nação árabe e os EUA aplicaram sanções contra Sadam Hussein e o Iraque em geral.

"Todos nos lembramos de como tudo terminou", disse.

Lavrov considerou ainda que as acusações de Washington sobre a responsabilidade do Irão aos recentes ataques a petroleiros no estreito de Omã são "infundadas" e assegurou que Moscovo defende uma investigação objetiva aos incidentes de maio e junho.

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