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Quatro chineses acusados pelo desmoronamento de prédio no Camboja

Um tribunal do Camboja acusou hoje sete pessoas, entre as quais quatro chinesas, de crimes relacionados com o colapso de um edifício de sete andares na cidade costeira de Sihanoukville, que provocou a morte de 28 trabalhadores.

Quatro chineses acusados pelo desmoronamento de prédio no Camboja
Notícias ao Minuto

11:06 - 25/06/19 por Lusa

Mundo Camboja

O tribunal da província de Preah Sihanouk considerou o proprietário do edifício, Cheng Kun, de 39 anos, responsável por homicídio involuntário, enquanto o responsável do projeto de construção, um empreiteiro, a supervisora do projeto e três outras pessoas de nacionalidade não especificada foram acusadas de conspiração para cometer homicídio.

Os quatro chineses foram colocados em prisão preventiva, sendo que, de acordo com as autoridades, as outras três pessoas também deverão ser presas preventivamente.

Os acusados enfrentam uma possível pena de cinco a 10 anos de prisão e o homicídio involuntário pode ser penalizado com mais três anos de prisão.

O acidente aconteceu no sábado, quando um prédio de sete andares se desmoronou na cidade costeira de Sihanoukville, no sul do Camboja, matando 28 pessoas e ferindo outras 26.

O Governo adiantou que 30 trabalhadores estavam no local quando o prédio se desmoronou, mas um dos moradores afirmou que o número deverá rondar as 55, 60 pessoas.

O primeiro-ministro cambojano, Hun Sen, descreveu o acidente através das redes sociais como uma "dolorosa tragédia" para a nação.

Na sua página da rede social Facebook, Hun Sen indicou que pediu a demissão do governador da província Yun Min, tendo este concordado.

Hun Sen também anunciou que estava a criar uma comissão especial para supervisionar a qualidade dos projetos de construção chineses na cidade.

Também a embaixada chinesa expressou as suas condolências, referindo que estava a mobilizar a assistência chinesa para o resgate.

Em comunicado, a embaixada chinesa indicou que "apoia uma investigação minuciosa e as medidas necessárias por parte da autoridade cambojana competente, de acordo com a lei".

Hoje, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) pediu ao Camboja que adote medidas para evitar acidentes como este.

"A perda de vidas é uma prova dos riscos que os trabalhadores enfrentam todos os dias e é preciso que haja uma resposta urgente para melhorar a segurança e as condições nos locais de trabalho", defendeu a organização, em comunicado.

A OIT, que faz parte da ONU, sublinhou que a morte dos trabalhadores aconteceu quando estes se encontravam a trabalhar no edifício, pedindo, por isso, a revisão das regras laborais, além de mais inspeções de trabalho e campanhas de informação para evitar acidentes.

Sihanoukville é um destino turístico popular no litoral sul do Camboja, que, nos últimos anos, tem recebido muito investimento chinês para a construção de hotéis e casinos dirigidos sobretudo a turistas daquele país asiático.

De acordo com o Ministério do Trabalho cambojano, no ano passado registaram-se 25.206 acidentes laborais, que causaram a morte de 200 trabalhadores e 2.711 feridos.

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