Oposição contesta resultados de eleições presidenciais na Mauritânia
A oposição da Mauritânia contesta os resultados das eleições presidenciais anunciados no domingo e que dão a vitória, com 52% dos votos, ex-ministro da Defesa Mohamed Cheik el-Ghazouani.
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Mundo Presidenciais
Ghazouani declarou-se publicamente vencedor quando tinham sido escrutinados 80% dos votos, depois de uma vigília eleitoral de sábado para domingo, passada ao lado de Mohamed uld Abdel Aziz, o chefe de Estado cessante, Mohamed uld Abdel Aziz, de quem Ghazouani é amigo pessoal.
A oposição, à qual pertencem quatro dos cinco candidatos que disputaram as presidenciais, qualificou o anúncio precoce como "mais um golpe de Estado" por parte dos dois antigos generais, "eternos golpistas". Há meses que os partidos da oposição denunciam publicamente os riscos de perpetuação de um regime "militar", de acordo com a agência France Presse.
O escrutínio deverá marcar a primeira transição entre dois presidentes eleitos no vasto país do Sahel, palco de diversos golpes de Estado entre 1978 e 2008, data do "putsch" que levou ao poder Mohamed uld Abdel Aziz.
Aziz, que foi reeleito por duas vezes, tendo permanecido 11 anos no poder, estava impedido pela Constituição do país de se recandidatar a um terceiro mandato.
A Comissão Nacional Eleitoral Independente (CNEI) confirmou, entretanto, e após a totalidade dos votos escrutinados, a vitória de Ghazouani, com 52,01% dos votos sufragados, o que o dispensa de uma segunda volta.
Segundo a CNEI, Ghazouani foi seguido por Biram Dah Ould Abeid, que obteve 18,58% dos votos, e Sidi Mohamed Ould Boubacar (17,87%).
A taxa de participação dos 1,5 milhões de eleitores inscritos foi de 62, 66%, segundo a comissão eleitoral.
Estes resultados deverão agora ser submetidos ao Conselho Constitucional do país para validação, uma vez examinados eventuais recursos que venham a ser interpostos pela oposição, que anunciou já a intenção de utilizar todas as vias legais para os contestar.
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