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Líderes da UE adotam agenda estratégica para os próximos cinco anos

Os chefes de Estado e de Governo da União Europeia, reunidos em Conselho Europeu em Bruxelas, adotaram hoje a "Nova Agenda Estratégica 2019-2024", o documento que deverá orientar o trabalho das instituições nos próximos cinco anos.

Líderes da UE adotam agenda estratégica para os próximos cinco anos
Notícias ao Minuto

21:01 - 20/06/19 por Lusa

Mundo Bruxelas

O documento adotado pelos 28 assenta em quatro grandes pilares -- "proteger os cidadãos e as liberdades", "desenvolver uma base económica forte e vibrante", "construir uma Europa sem impacto sobre o clima, verde justa e social" e "promover os interesses e valores europeus na cena mundial" -- e o texto final não sofreu alterações de vulto relativamente ao primeiro esboço que o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, propusera aos líderes na cimeira europeia de Sibiu, em 09 de maio passado.

No entanto, entre as alterações introduzidas no documento, consta, no quarto pilar, uma referência, que era muito reclamada por Portugal, à importância da relação estratégica com África, com os líderes a comprometerem-se a "desenvolver uma parceria abrangente" com o continente africano.

À entrada para a cimeira, o primeiro-ministro regozijou-se por, além da parceria estratégica com África, também passar a constar entre as prioridades do novo ciclo da UE a "fixação de objetivos muito claros" para que a Europa atingisse a neutralidade carbónica em 2050.

No entanto, no capítulo dedicado a uma Europa mais "verde" e amiga do ambiente, o texto final, sublinhando que é necessária ação "urgente" para contrariar os efeitos da "ameaça existencial" que representam as alterações climáticas, não faz referência a qualquer data, referência 'vetada' pelo chamado Grupo de Visegrado (Polónia, República Checa, Eslováquia e Hungria), indicaram fontes diplomáticas.

Na versão final lê-se então simplesmente que as políticas europeias "devem ser consistentes com o Acordo de Paris" sobre o Clima, o que suscitou de imediato críticas de organizações ambientalistas, como a Greenpeace.

No plano económico, os líderes da UE concordaram em incluir no texto uma referência à importância de se trabalhar em prol da "convergência" entre as economias -- que era outro dos 'cavalos de batalha' de Portugal -, mas sem mencionar o projeto de um instrumento orçamental para a convergência e competitividade na zona euro.

A proposta de uma capacidade orçamental própria da zona euro vai dominar a cimeira do euro de sexta-feira, na qual o presidente do Eurogrupo, Mário Centeno, apresentará aos chefes de Estado e de Governo os (poucos) resultados palpáveis dos últimos seis meses de trabalhos com vista à concretização deste projeto.

Adotada a agenda estratégica, os chefes de Estado e de Governo da UE discutem agora quem a deverá conduzir: o resto da noite (e eventualmente parte da madrugada) será dedicada às complexas negociações em torno das nomeações para os cargos institucionais de topo da União para os próximos cinco anos, havendo fortes probabilidades de um compromisso não ficar ainda 'fechado' nesta cimeira.

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