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Khashoggi: Turquia "apoia fortemente" relatório de especialista da ONU

A Turquia "apoia fortemente" o relatório sobre o assassínio do jornalista Jamal Khashoggi no consulado da Arábia Saudita em Istambul, divulgado hoje por uma especialista das Nações Unidas, anunciou o ministro dos Negócios Estrangeiros turco.

Khashoggi: Turquia "apoia fortemente" relatório de especialista da ONU
Notícias ao Minuto

15:25 - 19/06/19 por Lusa

Mundo Jornalista

"Eu apoio fortemente as recomendações da relatora Agnès Callamard para elucidar o assassínio de Khashoggi e pedir explicações àqueles que são responsáveis", escreveu o ministro Mevlut Cavusoglu na sua conta da rede social Twitter.

A relatora especial sobre execuções extrajudiciais, sumárias ou arbitrárias do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos recomendou uma investigação sobre o eventual envolvimento do príncipe saudita Mohamed bin Salman na morte do jornalista Jamal Khashoggi por existirem "provas credíveis".

Agnès Callamard tornou público hoje um relatório de 101 páginas sobre a morte de Khashoggi no consulado da Arábia Saudita em Istambul.

A relatora da ONU pediu ainda a aplicação de sanções sobre os bens pessoais do príncipe herdeiro saudita na sequência da investigação sobre o assassínio de Khashoggi.

"Dada a existência de provas credíveis sobre a responsabilidade do príncipe herdeiro no assassínio, tais sanções devem incluir o príncipe (Mohamed bin Salman) e os bens pessoais que possui no estrangeiro", refere o documento.

A relatora especial das Nações Unidas pede a extensão do mesmo tipo de sanções que já estão a ser aplicadas a 17 indivíduos alegadamente implicados no assassínio do jornalista saudita, em outubro do ano passado.

No relatório, que na próxima semana será apresentado oficialmente ao Conselho de Direitos Humanos, Callamard pede ao secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, para "exigir" avanços na investigação criminal do caso.

A 02 de outubro, o jornalista Jamal Khashoggi, que morava nos Estados Unidos, entrou no consulado da Arábia Saudita em Istambul, na Turquia, com o objetivo de tratar de alguns documentos para poder casar-se com uma cidadã turca.

O jornalista não voltou a sair do consulado, onde foi morto por agentes sauditas, que saíram da Turquia e retornaram à Arábia Saudita logo após o assassínio do jornalista.

O julgamento de 11 suspeitos pelo assassínio começou no início de janeiro, na Arábia Saudita, e o Procurador Geral solicitou a pena de morte para cinco deles.

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