Netanyahu pediu "sanções imediatas" se Irão desrespeitar acordo nuclear
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, pediu hoje à comunidade internacional "sanções imediatas" contra o Irão se este ultrapassar, como anunciou hoje, os limites das reservas de urânio enriquecido autorizados pelo acordo internacional de 2015.
© Reuters
Mundo Israel
Durante uma cerimónia em Jerusalém, Netanyahu reclamou que a comunidade internacional aplique "imediatamente" o mecanismo de sanções inscrito no acordo de 2015 se a República Islâmica o desrespeitar.
O Irão anunciou hoje que as suas reservas de urânio enriquecido ultrapassarão o limite imposto pelo acordo a partir de 27 de junho.
"Hoje começou a contagem regressiva para ultrapassar os 300 quilos de reservas enriquecidas de urânio e daqui a 10 dias, ou seja, em 27 de junho, vamos ultrapassar esse limite", afirmou o porta-voz da Organização iraniana de Energia Atómica, Behrouz Kamalvandi, em conferência de imprensa emitida pela televisão estatal iraniana.
O acordo assinado em 2015 com o chamado grupo 5+1 (os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança - China, Estados Unidos, França, Reino Unido, Rússia -- mais a Alemanha) determina que o Irão deve exportar os excedentes de urânio e água pesada quando estes ultrapassam os 300 quilogramas e as 130 toneladas, respetivamente, para impedir o desenvolvimento da bomba atómica.
Assinado em Viena, o acordo visa limitar o programa nuclear da República Islâmica em troca de um levantamento de sanções contra este país, mas Washington retirou-se unilateralmente do pacto em maio de 2018 e restabeleceu pesadas sanções contra Teerão, que vem pressionando os restantes parceiros para o ajudarem a atenuar os efeitos devastadores para a sua economia.
"Israel não permitirá que o Irão obtenha a arma nuclear", insistiu hoje Netanyahu, que apoiou a retirada norte-americana do acordo internacional.
Até agora, a Agência Internacional de Energia Atómica certificou que o Irão tem respeitado os compromissos feitos em Viena.
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