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Fui vista "como uma prostituta drogada, culpada até prova em contrário"

Norte-americana regressa pela primeira vez ao país onde esteve presa, alegadamente de forma injusta, durante quatro anos.

Fui vista "como uma prostituta drogada, culpada até prova em contrário"
Notícias ao Minuto

16:13 - 15/06/19 por Notícias Ao Minuto

Mundo Amanda Knox

Amanda Knox, a norte-americana que é acusada de ter matado uma estudante britânica durante  um período de intercâmbio escolar, na Itália, regressou ao país onde foi acusada de homicídio.

A jovem anunciou o seu regresso ao país através do Instagram, dizendo que na mala leva apenas dois desejos: que todos vejam quem é de facto a Amanda Fox, e que este seja o início dos seus 31 anos, livre dos escândalos do passado.

Recorde-se que a norte-americana foi duas vezes acusada pela morte da sua colega de quarto, Meredith Kercher, tendo à terceira vez sido absolvida.

Agora está de volta ao país que a acusou para participar numa conferência em Modela, sobre 'Justiça e os Media'.

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Here we go... Wish us, "Buon viaggio!"

Uma publicação partilhada por Amanda Knox (@amamaknox) a 11 de Jun, 2019 às 11:54 PDT

Amanda sabe que o seu regresso não será pacífico, mesmo depois de ter sido absolvida.

Nesta mesma conferência, que aconteceu este sábado, a mulher afirma que os meios de comunicação social podem ser a primeira linha de defesa contra as autoridades, mas que no seu caso os media "decidiram especular e criar histórias clickbait", ou seja, que gerassem visualizações.

"No cenário mundial, eu não era inocente até prova em contrário. Eu era decididamente uma psicopata, suja, e uma prostituta viciada em drogas, culpada até prova em contrário. Foi uma história falsa e sem fundamento que puxou pela imaginação das pessoas", afirmou.

Amanda recordou, ainda, o seu regresso aos Estados Unidos, em 2011, onde tentou retomar a normalidade ao completar os seus estudos na Universidade de Washington, tendo depois arranjado emprego como repórter. Os últimos anos têm sido uma luta constante para recuperar a dignidade da sua imagem pública, tornando-se ativista contra sentenças erradas e tendo lançado o seu próprio livro e protagonizado uma série da Netflix.

Amanda Knox, o caso

Amanda Knox foi acusada, em 2007, de ter morto a sua companheira de casa Meredith Kercher, na cidade de Perugia, onde ambas estavam a estudar no âmbito de um intercâmbio escolar. A norte-americana foi acusada de ter cometido o crime com a ajuda dos eu namorado  de então, Raffaele Sollecito, e de um traficante da Costa do Marfim.

Notícias ao MinutoMeredith Kercher© Reuters

Amanda esteve presa quatro anos, em Itália, tendo sido acusada de matar a estudante britânica por esta se ter recusado a entrar num jogo de drogas e sexo.

A norte-americana acabou por recorrer ao Tribunal Europeu dos Direitos do Homem, que em 2019 decidiu dar-lhe razão.

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