Em declarações aos jornalistas em Berlim, Ulrike Demmer, porta-voz da chanceler alemã Angela Merkel, salientou que uma "espiral de escalada" deve ser evitada.
Ulrike Demmer referiu que "o que é importante agora é continuar a investigar o contexto dos incidentes em profundidade" acrescentando que a Alemanha "está em contacto" com os seus parceiros sobre o assunto.
O Governo alemão indicou ainda que não tem informação sobre quem realizou os ataques e não adianta quem acredita ser o responsável.
Dois petroleiros, um norueguês e um japonês, foram na quinta-feira alvo de um ataque no mar de Omã, em pleno Golfo Pérsico, uma região já sob tensão devido à crise entre os Estados Unidos e o Irão.
O secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, acusou o Irão de ser "responsável" pelos ataques e as forças armadas norte-americanas divulgaram um vídeo que dizem mostrar a Guarda Revolucionária iraniana a remover uma mina por detonar de um dos petroleiros atacados no mar de Omã, sugerindo que Teerão estaria a tentar retirar provas do seu envolvimento.
No entanto, o Governo do Irão rejeitou a acusação e condenou os incidentes "com a maior veemência possível".
O Presidente do Irão, Hassan Rohani, também acusou hoje os Estados Unidos de serem uma "grave ameaça à estabilidade" regional e mundial, após Washington responsabilizar Teerão pelos ataques.
Washington, que tem endurecido sistematicamente as sanções económicas e diplomáticas contra Teerão após sair de um acordo internacional de 2015 sobre o nuclear iraniano, multiplicou no início de maio as suas tropas no Médio Oriente, acusando o regime iraniano de preparar ataques "iminentes" contra interesses americanos.