Japão pede cautela a navios e diz que não vai reagir militarmente
O Japão pediu hoje cautela aos navios japoneses após ataques contra dois petroleiros no mar de Omã, um deles de uma companhia de navegação japonesa, e garantiu que não tem intenção de enviar tropas para a região.
© iStock
Mundo Omã
Em conferência de imprensa, o ministro da Defesa do Japão, Takeshi Iwaya, indicou que a situação não é considerada uma ameaça iminente para o Japão.
Dois petroleiros, um norueguês e um japonês, foram na quinta-feira alvo de um ataque no mar de Omã, em pleno Golfo Pérsico, uma região já sob tensão devido à crise entre os Estados Unidos e o Irão.
Takeshi Iwaya referiu ainda que o Japão não considera que a chamada "Força de Autodefesa tenha necessariamente um papel a desempenhar neste momento" e que o país não pretende enviar militares para a região do Estreito de Ormuz em resposta aos ataques.
As autoridades japonesas pediram hoje cautela aos navios japoneses após os ataques de quinta-feira.
O alerta foi transmitido enquanto o Governo de Tóquio continua a recolher informações sobre o ataque, que ocorreu durante a visita oficial do primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, a Teerão.
"Ainda não se sabe quem começou o ataque. Estamos a trabalhar para reunir informações", avançou o ministro dos Transportes japonês, Keiichi Ishii, em conferência de imprensa.
"Para garantir o funcionamento dos navios relacionados com o Japão, através das associações do setor, pedi que o alerta fosse dado aos navios que passam perto da área para que tomem o máximo de cuidado", acrescentou Ishii.
Num comunicado divulgado hoje pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros japonês, Tóquio descreveu o ataque como "um incidente sério que ameaça a paz e a prosperidade do Japão".
O Ministério salientou que garantir a segurança naval é "vital" para manter a ordem na comunidade internacional, acrescentando que o Japão continuará a colaborar com os países relevantes para "garantir a segurança na navegação".
Segundo a agência oficial iraniana Irna, os ataques ocorreram a menos de 30 milhas náuticas da costa do Irão.
A região tem vivido no último mês uma escalada das tensões entre os EUA e o Irão.
Washington, que tem endurecido sistematicamente as sanções económicas e diplomáticas contra Teerão após sair de um acordo internacional de 2015 sobre o nuclear iraniano, multiplicou no início de maio as suas tropas no Médio Oriente, acusando o regime iraniano de preparar ataques "iminentes" contra interesses americanos.
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