Legado do ministro Sergio Moro "não tem preço", garante Bolsonaro

O Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, disse hoje durante um evento no Palácio do Planalto, sede do Governo em Brasília, que o legado do ex-juiz e atual ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro (na foto), "não tem preço"

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© Reuters

Lusa
13/06/2019 18:20 ‧ 13/06/2019 por Lusa

Mundo

Sergio Moro

"O que ele [Sérgio Moro] fez não tem preço. Ele realmente colocou para fora, mostrou as vísceras do poder, a promiscuidade do poder no tocante à corrupção", disse Bolsonaro.

"Houve uma quebra [de sigilo de conversas de Moro com investigadores da Lava Jato] criminosa. Se é o que está sendo vazado [divulgado] é verdadeiro ou não", acrescentou.

Este foi o primeiro comentário do chefe de Estado brasileiro sobre mensagens trocadas entre procuradores e Sergio Moro na aplicação Telegram divulgadas pelo 'site' investigativo The Intercept, numa série de reportagens que colocam em causa a imparcialidade da maior operação contra a corrupção do Brasil.

Segundo o 'site', um vasto conteúdo de mensagens, documentos, fotos, vídeos e arquivos de áudio obtidos de uma fonte anónima revelam colaborações ilegais de Moro com os investigadores da Lava Jato, enquanto ele era juiz responsável por julgar o processo da operação.

Moro terá sugeriu ao procurador Deltan Dallagnol, responsável pelas investigações, que alterasse a ordem de duas fases da operação, deu conselhos, indicou caminhos de investigação e orientou os promotores encarregados do caso, ou seja, ajudou a acusação, o que viola a legislação brasileira que exige imparcialidade aos juízes.

As mensagens também indicariam, segundo o Intercept, que os promotores da Lava Jato tinham sérias dúvidas sobre a qualidade das provas contra o ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva num processo em que foi condenado em três instâncias da justiça brasileira de receber um apartamento de luxo como suborno da construtora OAS.

Lula da Silva foi preso em abril do ano passado, para cumprir pena desta condenação em regime fechado, sendo posteriormente proibido de concorrer na eleição presidencial realizada em 2018, quando era o candidato favorito da população, segundo as sondagens realizadas à época.

Haveria também menções sobre interferências políticas planeadas pelos promotores da Jato Lava que teriam pensando em formas de impedir uma entrevista que Lula da Silva deveria dar ao jornal Folha de São Paulo, alegando que a mesma poderia beneficiar o Partido dos Trabalhadores (PT) nas eleições presidenciais do Brasil.

 

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