Marine Le Pen será julgada por difusão de imagens violentas do Daesh
A líder da extrema-direita francesa, Marine Le Pen, será julgada por ter publicado no Twitter, em dezembro de 2015, fotos de execuções efetuadas pelo grupo extremista Estado Islâmico (EI), confirmou hoje o seu advogado à imprensa francesa.
© Reuters
Mundo Estado Islâmico
A presidente da União Nacional, antiga Frente Nacional, irá ser julgada no Tribunal Correcional de Nanterre, nos arredores de Paris, por "difusão de imagens violentas".
Le Pen publicou em dezembro de 2015 na sua conta do Twitter imagens de execuções realizadas pelo EI em resposta a um jornalista que comparou esse grupo terrorista à Frente Nacional.
"É isto o EI", referiu Le Pen na mensagem controversa, antes de retirar uma das três imagens, a decapitação do jornalista James Foley, a pedido da família do norte-americano.
As outras fotos mostravam um soldado sírio, vivo, esmagado pelas lagartas de um tanque e um piloto jordano queimado vivo numa jaula.
Publicadas um mês depois dos atentados de Paris, que fizeram 130 mortos, as fotos suscitaram forte polémica em França.
Um juiz de Nanterre abriu uma investigação sobre a divulgação de imagens violentas que levaram à acusação de Le Pen em março de 2018, depois de a sua imunidade ser levantada no final de 2017 no Parlamento europeu.
A líder da extrema-direita francesa, Marine Le Pen, insurgiu-se ainda em setembro contra a decisão de um juiz de lhe impor um exame psiquiátrico por ter divulgado em 2015 no Twitter fotos de execuções do grupo Estado Islâmico.
"É verdadeiramente alucinante. Este regime começa a ser assustador", escreveu a líder da União Nacional no Twitter ao publicar o documento judicial.
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