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Presidente do Cazaquistão investido três dias após eleições criticadas

O novo Presidente do Cazaquistão, Kassym-Jomart Tokaïev, foi hoje investido como o segundo chefe de Estado da história do país após vencer as eleições presidenciais de domingo, criticadas por observadores e marcadas por centenas de detenções.

Presidente do Cazaquistão investido três dias após eleições criticadas
Notícias ao Minuto

11:52 - 12/06/19 por Lusa

Mundo Tokaiev

Tokaïev, que assumira o cargo de Presidente interino do Cazaquistão após a renúncia do antigo chefe de Estado, Nursultan Nazarbaiev, venceu com 70,6% dos votos as eleições presidenciais antecipadas de domingo.

O chefe de Estado prestou juramento no Palácio da Independência, em cazaque, num ambiente solene e na presença de membros do Parlamento, do Conselho Constitucional e do Supremo Tribunal, assim como de Nazarbaiev, que deixou o cargo em março ao fim de 30 anos no poder.

A cerimónia, que ocorreu apenas três dias após as eleições, não contou com a presença de Presidentes de outros países, mas apenas do corpo diplomático acreditado no Cazaquistão.

Tokaïev escolheu como lema da sua Presidência "diferentes opiniões, nação unida" e prometeu continuar o caminho iniciado pelo seu antecessor.

"Em primeiro lugar, trabalharei a aplicação da Terceira Modernização do Cazaquistão, a execução das ideias das Cinco Reformas Nacionais e outros documentos estratégicos importantes do nosso Estado. Trabalharei na implementação da estratégia de "Elbasi", disse, numa referência ao título do líder da nação de Nazarbaiev, primeiro Presidente do país.

Diplomata de carreira, Tokaïev, de 66 anos, prometeu, no entanto, novos enfoques e novas soluções na gestão do país e assegurou que as autoridades continuarão a prestar mais atenção às necessidades do povo e à solução dos problemas sociais agudos.

As presidenciais antecipadas de domingo registaram as maiores manifestações organizadas dos últimos três anos, que foram reprimidas pela polícia.

Cerca de 500 pessoas foram detidas no domingo e outras 200 na segunda-feira, segundo o Ministério do Interior.

Os observadores internacionais denunciaram "um respeito insuficiente pelos padrões democráticos", com pouco espaço para críticas ao poder e "irregularidades generalizadas".

As eleições mostraram "um respeito insuficiente pelos padrões democráticos", disse a missão liderada pela Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) no seu relatório.

Segundo a agência France-Presse, os observadores consideram que Nazarbaiev mantém "as rédeas" do país e apoiou a candidatura do agora Presidente eleito.

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