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Costa do Marfim. Balança comercial positiva com mais empresas a exportar

O número de empresas portuguesas que exportam para a Costa do Marfim, onde o Presidente da República chega hoje para uma visita de Estado, tem vindo a aumentar e a balança comercial é positiva para Portugal desde 2015.

Costa do Marfim. Balança comercial positiva com mais empresas a exportar
Notícias ao Minuto

06:00 - 12/06/19 por Lusa

Mundo Costa do Marfim

Este é um dos países africanos em que o Governo português aposta para a internacionalização da economia, segundo o secretário de Estado da Internacionalização, Eurico Brilhante Dias, que acompanhará Marcelo Rebelo de Sousa nesta visita.

Quando recebeu o seu homólogo costa-marfinense, Alassane Ouattara, em Lisboa, em 12 de setembro de 2017, o chefe de Estado considerou que as relações bilaterais têm vindo a fortalecer-se "a um ritmo que ultrapassou as expectativas", com "um salto ainda mais espetacular" no plano económico.

No ano passado, Portugal foi o 35.º cliente da Costa do Marfim, com uma quota de 0,24%, e o seu 31.º fornecedor, com 0,60% de quota, de acordo com dados do Centro do Comércio Internacional (CCI).

O número de empresas portuguesas exportadoras para a Costa do Marfim tem vindo a crescer anualmente, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), tendo passado de menos de cem, em 2011, para 215, em 2017.

Entre 2014 e 2018, o montante global das exportações portuguesas para a Costa do Marfim subiu, com algumas flutuações, de 18,96 milhões de euros para 57,31 milhões de euros. O valor mais alto, 67,80 milhões de euros, foi registado em 2017.

Nestes cinco anos, em que a economia costa-marfinense cresceu continuamente acima dos 7% do Produto Interno Bruto (PIB), as importações de produtos da Costa do Marfim mantiveram-se estáveis, em torno dos 27 milhões de euros, subindo ligeiramente em 2018, para 30,63 milhões de euros.

Desde 2015, a balança comercial tem sido favorável a Portugal, com um saldo de 26,68 milhões de euros no ano passado.

Nos primeiros dois meses deste ano, essa tendência manteve-se, com um saldo de 1,97 milhões de euros para Portugal, mas as exportações subiram menos do que as importações, que quase duplicaram.

Entre janeiro e fevereiro, Portugal exportou produtos no valor de 7,66 milhões de euros, mais 26,2% do que no mesmo período de 2018, enquanto as importações foram de 5,69 milhões de euros, mais 98,3% do que no ano anterior.

Em 2018, os principais grupos de produtos importados da Costa do Marfim - o maior produtor mundial de cacau - foram bens alimentares, plásticos e borracha e produtos agrícolas.

Quanto às exportações portuguesas, os veículos e outro material de transporte foram o grupo com a maior parcela, o que não se verificou em anos anteriores, seguindo-se metais comuns, máquinas e aparelhos, minerais e minérios e pastas celulósicas e papel.

A Costa do Marfim, onde se estima que vivam 200 portugueses, é um dos 15 países-membros da CEDEAO (Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental) - que Cabo Verde e a Guiné-Bissau também integram - e um dos oito países que integram a UEMOA (União Económica e Monetária do Oeste Africano), da qual igualmente faz parte a Guiné-Bissau, tendo como moeda comum o Franco CFA.

Estão presentes neste país, entre outros grupos, a construtora Mota-Engil, a farmacêutica Bial, o fabricante de tintas Neuce e o Grupo Ferpinta, que fabrica produtos metálicos.

Em entrevista à agência Lusa, em abril deste ano, o secretário de Estado da Internacionalização, Eurico Brilhante Dias referiu que o Governo "tem olhado com muita atenção para a costa ocidental africana".

Eurico Brilhante Dias, que no mês passado esteve com o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, na Costa do Marfim, afirmou que este é um dos países africanos que podem ter "um papel muito importante" na internacionalização da economia portuguesa, juntamente com Senegal, Gana, Nigéria e Etiópia.

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