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Autoridades deslocam polícias para o norte da Índia após morte de criança
As autoridades indianas deslocaram hoje centenas de agentes da polícia e suspenderam a Internet de uma cidade no norte do país, que está a passar por um período de tensão intercomunitária após o assassínio de uma menina.
© Reuters
Mundo Tensão
O corpo de uma menina de 2 anos, de uma família hindu, foi descoberto no início deste mês em estado de decomposição numa lixeira pública, numa pequena cidade no distrito de Aligarh, no estado de Uttar Pradesh.
Segundo os investigadores, a criança foi morta por dois homens muçulmanos, como vingança contra o avô da criança, que não pagou um empréstimo de 10 mil rupias (127 euros).
Grupos hindus de direita lideraram manifestações na comuna de Tappal, de onde era a vítima, e exigiram "justiça imediata" contra os responsáveis pelo assassínio.
Na segunda-feira, a polícia impediu que um alto responsável do grupo de extrema-direita hindu Vishwa Hindu Parishad visitasse a casa da criança.
No dia anterior, ativistas de outro grupo radical reuniram-se para exigir a pena de morte para os suspeitos.
Organizações hindus tentaram realizar uma "grande assembleia", mas foram impedidos de fazê-lo pela polícia.
"Nós implementamos a secção 144 (artigo do código penal, que proíbe reuniões para evitar desordem pública) e suspendemos a Internet em Tappal", disse Chandra Bhushan Singh, um responsável administrativo do distrito.
"Reforços da polícia foram deslocados como precaução, a situação é normal agora", acrescentou.
O número de incidentes de violência contra crianças aumentou significativamente nos últimos anos na Índia, com quase 100.000 casos em 2016, cinco vezes mais do que há uma década.
Na segunda-feira, três homens hindus foram condenados à prisão perpétua por violar e assassinar uma menina muçulmana de 8 anos na região de Jammu, no norte do país, um episódio que chocou a Índia no ano passado.
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