Missão da NATO no Iraque "não foi perturbada" pelas tensões EUA-Irão
Os responsáveis da missão da NATO no Iraque afirmaram hoje em Bruxelas que o recente aumento da tensão entre o Irão e os Estados Unidos não está a comprometer as suas atividades.
© Reuters
Mundo NATO
Em maio, Washington ordenou o regresso dos seus diplomatas não essenciais colocados no Iraque, ao argumentar que grupos armados iraquianos pró-iranianos constituíam uma ameaça "iminente" contra o seu pessoal. Os exércitos alemão e holandês anunciaram igualmente em meados de maio a suspensão temporária das suas operações de formação militar no país do Médio Oriente.
O general canadiano Dany Fortin, responsável pela missão da NATO no Iraque (500 homens) considerou no entanto que as suas forças "atenuaram suficientemente" a ameaça e mantêm capacidade para prosseguir a missão.
"Não há dúvida que existe sempre um risco" mas foram estabelecidas "medidas de proteção" e "prosseguimos as nossas atividades", disse aos media em Bruxelas no quartel-general da NATO.
A missão da NATO no Iraque treina as forças deste país e aposta na melhoria da sua formação, para evitar uma repetição dos acontecimentos de 2014, quando o grupo 'jihadista' Estado Islâmico (EI) assumiu o controlo de vastos territórios no Iraque e na Síria.
Fortin manifestou a esperança de que esta missão termine dentro de três a quatro anos.
Após décadas de conflitos no seu território, com um balanço de muitas centenas de milhares de mortos, o Iraque permanece no centro das tensões entre os Estados Unidos e o Irão.
A decisão dos Estados Unidos de incluir os Guardas da Revolução, a elite militar do regime iraniano, na lista de organizações "terroristas" e o reforço no início de maio da presença militar norte-americana no Médio Oriente em resposta a eventuais ameaças iranianas, degradaram a situação regional e fizeram recear uma confrontação armada.
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