ONG pede à UE que exija ao Camboja libertação de ex-membros da oposição
A organização não-governamental Human Rights Watch (HRW) apelou hoje à União Europeia que exija ao Governo do Camboja a libertação de ex-membros da oposição, no dia em que representantes da EU chegam àquele país.
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Mundo Camboja
As autoridades cambojanas devem acabar imediatamente com o assédio dos ex-membros do partido da oposição e seus apoiantes, e a "UE e outros financiadores do Camboja devem exigir que o Governo de Hun Sen liberte imediatamente todos os membros da oposição detidos arbitrariamente e restaure totalmente o CNRP como partido político", pode ler-se no comunicado da HRW.
No mesmo texto, a organização não-governamental pediu aos representantes da UE que levantem sérias preocupações face à "repressão continuada", no dia em que chegam ao Camboja numa missão para avaliar o histórico de direitos humanos do Governo no âmbito dos privilégios comerciais do programa especial europeu "Tudo Menos Armas", que prevê a isenção de taxas nas importações de países em desenvolvimento, à exceção do armamento.
"Durante 2019, as autoridades cambojanas emitiram pelo menos 147 intimações arbitrárias" judiciais e policiais contra ex-membros ou apoiantes do Partido do Resgate Nacional do Camboja (CNRP, na sigla em inglês), que foi dissolvido em 2017, denunciou a HRW.
"As intimações vistas pela Human Rights Watch não tinham detalhes legais, contendo apenas referências vagas a alegações de que a pessoa convocada pode ter violado a decisão do Supremo Tribunal que dissolveu o CNRP em novembro de 2017", acrescenta-se no comunicado.
"Faz mais de um ano desde que uma decisão politizada do Supremo Tribunal transformou efetivamente o Camboja num Estado de partido único, mas o Governo ainda persegue ex-membros do partido da oposição por meio de interrogatórios policiais e intimações judiciais", segundo o diretor da HRW na Ásia, Brad Adams.
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