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Cimeira islâmica apoia palestinianos e conforta Riade face a Teerão

A cimeira islâmica deu hoje o seu apoio aos palestinianos antes da apresentação de um plano de paz norte-americano considerado favorável a Israel e confortou a Arábia Saudita após ataques que reavivaram a tensão na região.

Cimeira islâmica apoia palestinianos e conforta Riade face a Teerão
Notícias ao Minuto

15:28 - 01/06/19 por Lusa

Mundo Islão

Num comunicado divulgado no final dos trabalhos da cimeira na cidade de Meca, na Arábia Saudita, a Organização para a Cooperação Islâmica (OCI) denuncia a transferência da embaixada norte-americana para Jerusalém, reconhecida pelos Estados Unidos como a capital de Israel.

A OCI apela ainda aos seus 57 membros para "boicotarem" os países que abriram embaixadas em Jerusalém. Além dos Estados Unidos, a Guatemala foi o único país que mudou a embaixada para a cidade considerada sagrada para as três religiões monoteístas.

Israel ocupou e depois anexou a parte oriental da cidade, o que não é reconhecido pela comunidade internacional. Jerusalém Oriental é reivindicada pelos palestinianos como a capital do futuro Estado a que aspiram.

A OCI sublinha também no comunicado que "a paz e estabilidade na região do Médio Oriente só serão conseguidas com a retirada de Israel dos territórios ocupados em 1967", na designada "guerra dos seis dias".

Nesta guerra, Israel ocupou a Faixa de Gaza e a Cisjordânia, incluindo Jerusalém Oriental, a Península do Sinai e parte dos Montes Golã sírios. O Estado hebreu devolveu entretanto o Sinai aos egípcios e retirou os colonos de Gaza.

A reafirmação desta posição por parte da OCI acontece antes da apresentação do plano norte-americano para resolver o conflito israelo-palestiniano, que o Presidente Donald Trump designa como "acordo do século".

A componente económica do plano será apresentada numa conferência marcada para o final de junho no Bahrein, na qual os palestinianos não pretendem participar, considerando que Washington não é um interlocutor credível devido ao seu apoio inabalável a Israel.

Em relação a situação de tensão no Golfo, a cimeira deu um apoio sem "limites" às medidas tomadas pela Arábia Saudita para se proteger após os ataques atribuídos por Riade e Washington ao Irão, embora a organização não faça qualquer referência a Teerão.

Este encontro segue-se a duas outras cimeiras na Arábia Saudita (sunita), dos países do Golfo e da Liga Árabe, onde Riade recebeu um apoio quase unânime dos seus parceiros árabes contra o Irão, o seu grande rival xiita, acusado de desestabilizar a região.

Responsáveis sauditas e norte-americanos acusam o Irão de ter organizado as ações de sabotagem ocorridas no passado dia 12 de maio em quatro petroleiros junto à costa dos Emirados Árabes Unidos, além do ataque contra infraestruturas petrolíferas em território saudita.

Em resposta aos encontros das seis monarquias árabes do Golfo e da Liga Árabe, Teerão acusou Riade de "semear a divisão na região".

Na cimeira da OCI, o Irão esteve representado por uma delegação sem altos responsáveis.

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