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Migrantes continuam a dirigr-se para os EUA apesar de ameaças de Trump

As ameaças e os anúncios do presidente norte-americano, Donald Trump, ao longo de dois anos não demovem os milhares de migrantes que entram diariamente nos EUA provenientes do México, a fugir da miséria e violência, para pedirem asilo.

Migrantes continuam a dirigr-se para os EUA apesar de ameaças de Trump
Notícias ao Minuto

07:17 - 01/06/19 por Lusa

Mundo Donald Trump

Depois da entrada em funções de Donald Trump, em janeiro de 2017, as detenções na fronteira eram inferiores a 20 mil por mês. Mas têm conhecido uma subida constante e superaram as 100 mil em março e abril últimos. Esta tendência deve prosseguir durante o verão, quando se verifica um pico sazonal, segundo a polícia das fronteiras (CBP, na sigla em inglês).

Trump anunciou na quinta-feira que a polícia tinha detido na véspera um grupo recorde de mais de mil pessoas em El Paso, no Estado de Texas.

As famílias e os menores não acompanhados representaram 65% das detenções em abril, segundo os números disponíveis.

Para procurar desencorajar os migrantes, o governo norte-americano decidiu em 2018 separar as famílias: os pais em centros de detenção e as crianças em centros de acolhimento. Mas a medida, muito criticada, foi invalidada em justiça.

Estes migrantes vêm principalmente das Honduras, do Salvador e da Guatemala, países dos mais pobres do continente, que formam o designado Triângulo do Norte. Deslocam-se em grupos, em 'caravanas, por vezes vários milhares de pessoas, a pé, em comboio ou em autocarro através do México, até à fronteira dos EUA.

Mas também vêm do México, Brasil, Haiti, Cuba, África (República Democrática do Congo, Camarões, Angola) e Ásia (Bangladesh, Índia, China). Segundo a CBP, foram registadas 127 nacionalidades desde 01 de outubro.

As razões para estas migrações incluem a fuga à pobreza, ao terror dos traficantes de droga e dos gangues, os ditos 'maras', mas também as perseguições políticas, a falta de trabalho e os efeitos das alterações climáticas. A maioria também pretende reunir-se com familiares nos EUA.

Parte dos migrantes apresentam-se nos postos fronteiriços e apresentam um pedido de asilo. Mas a grande maioria atravessa ilegalmente a fronteira, para se entregar depois à polícia. Quando detidos, os migrantes são colocados em detenção, onde depositam um pedido de asilo. Os menores não acompanhados são albergados em centros de acolhimento dispersos pelo país.

Depois de detidos, o destino dos migrantes difere. Os mexicanos são expulsos para o seu país. Os outros podem ser libertados sob caução, enquanto esperam pelo exame do seu pedido de asilo. O procedimento pode levar meses ou até anos. Menos de 20% dos pedidos são concedidos, mas a maior parte dos candidatos fica fica com paradeiro desconhecido, sem estatuto legal permanente.

Além da barreira que deseja construir ao longo da fronteira com o México, Donald Trump instou os dirigentes mexicanos a agirem contra estes migrantes, detendo as caravanas no seu solo.

Depois de ter ameaçado encerrar a fronteira entre os dois Estados, anunciou na quinta-feira um aumento progressivo até 25% dos direitos alfandegários sobre os produtos importados do México.

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