Saída sem acordo seria suicídio político para conservadores, diz Hunt
O ministro dos Negócios Estrangeiros e candidato a primeiro-ministro, Jeremy Hunt, afirmou hoje que sair da União Europeia (UE) sem um acordo seria um "suicídio político" para o partido Conservador.
© Reuters
Mundo MNE
"Tentar implementar uma saída sem acordo através de eleições legislativas não é uma solução: é um suicídio político" para os Tories, escreveu hoje no Daily no Telegraph, na sequência da pior derrota dos 'tories' desde 1832, ao angariar apenas 9% dos votos nas eleições europeias.
Grande parte dos eleitores decidiram desta vez apoiar o Partido do 'Brexit', de Nigel Farage, que obteve 31,6% dos votos e defende uma rutura com a UE, mesmo sem acordo, a 31 de outubro.
"Se nos arriscarmos a eleições legislativas antes de implementar o 'Brexit', seremos aniquilados", avisou Jeremy Hunt, um dos dez candidatos à sucessão da primeira-ministra, Theresa May.
Hunt, que fez campanha pela permanência na UE em 2016, converteu-se ao 'Brexit', mas defende a reabertura de negociações com a UE para tentar aprovar um acordo, pois o documento negociado pelo governo foi chumbado três vezes no parlamento.
Esther McVey, ex-ministra do Trabalho e outra das candidatas à sucessão de Theresa May, respondeu a Hunt na rede social Twitter que "o verdadeiro suicídio político seria não ter uma rutura limpa com a UE e não sair em 31 de outubro".
McVey, o ex-ministro dos Negócios Estrangeiros Boris Johnson e o ex-ministro para o 'Brexit' Dominic Raab já declararam estar dispostos a facilitar uma saída da UE sem acordo a 31 de outubro, fim do prazo dado pelo Conselho Europeu para a resolução do processo.
Até agora declararam estar na corrida 10 candidatos: o ministro do Ambiente, Michael Gove, o secretário de Estado da Habitação, Kit Malthouse, o ministro do Interior, Sajid Javid, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Jeremy Hunt, o ministro do Desenvolvimento Internacional, Rory Stewart, o ex-ministro dos Negócios Estrangeiros Boris Johnson, o ex-ministro para o ?Brexit' Dominic Raab, a ex-ministra do Trabalho Esther McVey e a ex-ministra para os Assuntos Parlamentares Andrea Leadsom.
May anunciou na semana passada que vai demitir-se a 7 de junho, desencadeando uma eleição interna para a liderança do partido Conservador que deverá determinar um sucessor, que deverá entrar em funções antes do final de julho.
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