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Merkel deseja acordo rápido sobre futuro presidente da Comissão Europeia

A chanceler alemã, Angela Merkel, afirmou hoje que gostaria de ver alcançado o mais rápido possível um acordo sobre o futuro presidente da Comissão Europeia, assunto que tem suscitado divisões no próprio governo de coligação alemão.

Merkel deseja acordo rápido sobre futuro presidente da Comissão Europeia
Notícias ao Minuto

20:25 - 27/05/19 por Lusa

Mundo Europeias

"Queremos encontrar uma solução o mais rápido possível, porque o Parlamento Europeu (PE) vai reunir-se no início de julho e seria, é claro, desejável que já houvesse uma proposta" por parte dos chefes de Estado e do Governo europeus, disse Angela Merkel, naquelas que foram as suas primeiras declarações após as eleições europeias, cujo calendário decorreu entre quinta-feira e domingo.

Merkel, citada pelas agências internacionais, destacou que tanto o seu bloco de centro-direita como os seus parceiros de coligação governamental de centro-esquerda concordam num aspeto: o futuro presidente do executivo comunitário deve ser um político que está a concorrer ao cargo.

O bloco conservador composto pela União Democrata-Cristã (CDU, partido de Merkel) e pela União Social-Cristã (CSU) apoiam o candidato do Partido Popular Europeu (PPE) a presidente da Comissão Europeia, o também político alemão conservador Manfred Weber.

Já o Partido Social-Democrata (SPD) apoia o holandês Frans Timmermans, o candidato dos Socialistas Europeus e vice-presidente da Comissão Europeia desde 2014.

"Quanto mais rápido tomarmos a decisão, melhor será para o futuro", concluiu Merkel, cujo bloco conservador foi a força mais votada nas europeias na Alemanha, com 28,9% dos votos, menos 6,4 pontos do que nas últimas europeias em 2014.

Cerca de 24 horas depois do fecho das urnas das europeias, o secretário-geral da Comissão Europeia defendeu hoje que nenhum cenário deve ser excluído na distribuição dos cargos de topo da União Europeia, afirmando que acredita que conservadores, socialistas e liberais alcançarão um consenso para criar uma ampla maioria pró-europeia.

Intervindo na conferência "O dia depois das eleições europeias: o que se segue para a Europa?", Martin Selmayr considerou que os resultados do escrutínio europeu requerem que o Partido Popular Europeu (PPE), vencedor com 180 assentos, os Socialistas e Democratas (S&D), que somaram 146 eurodeputados, e a Aliança dos Democratas e Liberais pela Europa (ALDE), que ascendeu a terceira força com 109, "trabalhem em conjunto, "também em colaboração com os Verdes".

"Todas estas forças democráticas pró-europeias terão de trabalhar em conjunto. Se quisermos que a União Europeia (UE) funcione, que não fique paralisada -- algo que só beneficiaria os populistas -, penso que amanhã [terça-feira] à noite [no Conselho Europeu] nenhum cenário deve ser excluído. Devemos assegurar que as forças democráticas se sentam a dialogar, elaboram um programa e aí escolham os líderes que poderão levar a cabo esse projeto", sustentou.

O secretário-geral do executivo comunitário disse ter a certeza de que Manfred Weber, o candidato do PPE, Frans Timmermans, o 'spitzenkandidat' socialista, e Margrethe Vestager, o principal rosto da equipa de sete candidatos do ALDE, irão sentar-se à mesa com o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, seja em conjunto ou no formato de reuniões bilaterais, para dialogar e chegar a um acordo quanto ao nome que sucederá a Jean-Claude Juncker na presidência do executivo comunitário.

"Ninguém está interessado em ter uma crise institucional. Estou convencido que nestas consultas, Donald Tusk vai perceber qual a opção viável e vão chegar a um consenso para formar uma maioria ampla pró-europeia", completou, assumindo que seria bom que o processo de escolha do próximo presidente da Comissão Europeia estivesse concluído no verão.

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