Embora os resultados ainda não tenham sido finalizados, Danny Kennedy, o candidato do partido pró-Brexit Partido Unionista do Ulster, que tentou a reeleição do UUP, foi eliminado na terceira contagem de boletins, feita de acordo com sistema de voto transferível.

Diane Dodds, do DUP, foi a primeira a atingir a quota necessária de votos, sendo seguida de perto por Martina Anderson, do Sinn Féin, e Naomi Long, líder e candidata do Alliance.

A antiga 'mayor' de Belfast admitiu que os quase 106 mil votos de primeira preferência foram "para além das expectativas" e que leva a sério a confiança depositada, procurando distanciar-se tanto dos unionistas como dos republicanos irlandeses.

"Eu fui muito clara quando fiz campanha que o que eu quero que a votação reflita é que é um voto para permanecer [na União Europeia], é uma votação para ter um 'voto popular' [novo referendo] e é isso que esta votação significa", vincou Naomi Long.

No referendo de 2016, 56% dos eleitores da Irlanda do Norte votaram pela permanência na UE, embora o resultado nacional tenha sido 52% a favor da saída.

Ao todo, concorreram 11 candidatos aos três lugares de representante da Irlanda do Norte no Parlamento Europeu.

A região britânica é a última das quatro do Reino Unido que ainda não oficializou os resultados das eleições europeias realizadas na quinta-feira, mas cuja contagem de votos só começou na noite de domingo.

Juntando os votos em Inglaterra, País de Gales e Escócia, o partido do Brexit, liderado pelo eurocético Nigel Farage, conseguiu 31,6% dos votos e elegeu 29 eurodeputados.

O Partido Liberal Democrata ultrapassou o Trabalhista para ficar em segundo lugar, passando de um para 16 eurodeputados, obtendo 20,3% dos votos.

O 'Labour' perdeu metade dos seus representantes em Bruxelas e passou a ter apenas 10, poucos mais do que os sete do partido Verde.

O Partido Conservador ficou em quinto lugar, com apenas quatro dos 19 eurodeputados eleitos em 2014.

Os partidos nacionalistas elegeram três eurodeputados na Escócia, pelo SNP, e um no País de Gales, pelo Plaid Cymru.

Pelo contrário, o UKIP perdeu todos os 24 que tinha eleito em 2014 sob a liderança de Farage, e o Change UK, novo partido anti-Brexit formado por dissidentes trabalhistas e conservadores, não conseguiu eleger nenhum.