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Steve Bannon avisa que na UE "todos os dias serão como Stalingrado"

O ex-estratega político da Casa Branca Steve Bannon disse hoje que a integração europeia está "paralisada" após a vitória nas eleições europeias de partidos nacionalistas e populistas em países como Itália, França ou Reino Unido.

Steve Bannon avisa que na UE "todos os dias serão como Stalingrado"
Notícias ao Minuto

14:33 - 27/05/19 por Lusa

Mundo Europeias

Em declarações à agência noticiosa norte-americana Associated Press (AP), Steve Bannon afirmou que os resultados mostraram que o bloco de centro europeu está a implodir e que as políticas tradicionais de direita-esquerda estão a ser substituídas por uma batalha entre as forças "nacionalistas versus globalistas".

"As pessoas estão a tomar de volta os seus países (...) é só o começo. Vai ficar mais e ainda mais poderoso ao longo do tempo", reforçou o ex-estratega político do Presidente norte-americano Donald Trump.

Ainda não está claro se os vários partidos nacionalistas, populistas e de extrema-direita europeus vão conseguir formar um bloco único e unido no Parlamento Europeu (PE). Mas, mesmo que o façam, estas forças vão estar longe de uma maioria.

Os partidos eurocéticos aumentaram a sua representação no PE nas eleições europeias, mas sem obter o número de assentos suficiente para bloquearem sozinhos votações decisivas, como "ameaçavam" sondagens anteriores ao escrutínio.

Mesmo assim, Steve Bannon antevê a constituição de um "supergrupo" de partidos eurocéticos que poderão bloquear qualquer tentativa de aprofundar a integração entre os Estados-membros que compõem a União Europeia (UE).

Em tom de conclusão, Bannon disse à AP que "todos os dias serão como Stalingrado", numa referência a uma das batalhas mais sangrentas ocorridas durante a II Guerra Mundial.

O nome de Steve Bannon foi muito mencionado durante a campanha das eleições europeias, que decorreram entre quinta-feira e domingo nos 28 Estados-membros da UE, nomeadamente na semana passada por causa da sua presença em Paris e da sua alegada ligação à União Nacional, partido da extrema-direita francesa liderado por Marine Le Pen.

Numa entrevista dada a um jornal francês, Bannon afirmou que estava em Paris porque de todas as eleições que iam acontecer na Europa, França "era de longe, a mais importante".

O ex-estratega político de Trump referiu que, nas europeias, estava em causa "o posicionamento mundial" do Presidente francês, Emmanuel Macron.

"É um referendo a ele e à sua visão para a Europa", declarou na altura Bannon, que antevia, na mesma entrevista, um "terramoto" nas eleições europeias.

Steve Bannon teve um papel central na campanha presidencial de Donald Trump e foi nomeado conselheiro do Presidente dos Estados Unidos, cargo de que se demitiu em agosto de 2017.

Em 2018 lançou em Bruxelas a fundação The Movement (O Movimento) para criar uma rede de partidos populistas europeus com vista às eleições para o PE.

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