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David Cameron pede espírito de compromisso após demissão de May

O antigo primeiro-ministro britânico David Cameron apelou a que "o espírito de compromisso continue", num comentário ao anúncio de hoje da demissão de Theresa May enquanto líder do partido Conservador.

David Cameron pede espírito de compromisso após demissão de May
Notícias ao Minuto

13:53 - 24/05/19 por Lusa

Mundo Brexit

"Um discurso forte e corajoso de uma primeira-ministra movida por dever. Devemos estar agradecidos pelos seus esforços incansáveis em nome do país", afirmou num comunicado.

Cameron mostrou solidariedade com o sentimento "doloroso" de admitir a necessidade de deixar o lugar a um novo líder, como fez em 2016, após o referendo de 2016 que ditou o 'Brexit'.

Theresa May anunciou hoje que vai demitir-se da liderança do partido Conservador, desencadeando uma eleição interna cujo vencedor vai assumir a chefia do governo.

No seu discurso, alertou para a necessidade de o sucessor "encontrar consenso no parlamento" onde o acordo de saída do Reino Unido da União Europeia (UE) negociado pelo governo foi chumbado por três vezes.

David Cameron entende que "ela tomou a decisão certa", acrescentando: "Espero que o espírito de compromisso continue".

O eurodeputado eurocético Nigel Farage discorda, e diz que May, "politicamente, avaliou mal o ambiente do país e do seu partido", defendendo a eleição de um 'Brexiter' para a liderança dos 'tories'.

"Dois líderes conservadores que se foram embora cujos instintos eram pró-UE. Ou o partido aprende esta lição ou morre", avisou.

Outro crítico de May, o deputado conservador eurocético Jacob Rees-Mogg, que hoje celebra o seu 50.º aniversário, elogiou o sentido de dever de May e a dignidade na demissão.

Na opinião este apoiante de Boris Johnson para o lugar agora vago, os "conservadores devem agora seguir em frente e concretizar o 'Brexit'.

A demissão de Theresa May da liderança do partido Conservador será formalizada na sexta-feira 07 de junho para que a eleição comece na semana seguinte.

Enquanto primeira-ministra, mantém-se em funções até que esteja em posição de dizer à rainha Isabel II quem esta deve nomear como sucessor, o qual, enquanto líder do partido do governo, torna-se também primeiro-ministro sem a necessidade de eleições legislativas.

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