Omã tentar "acalmar as tensões" entre Irão e os Estados Unidos
Omã anunciou hoje que está a tentar "acalmar as tensões" entre os Estados Unidos e o Irão, após Teerão ter indicado não pretender discutir com Washington, que analisa o envio de mais tropas para o Médio Oriente.
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Mundo Médio Oriente
O sultanato mantém boas relações quer com o Irão quer com os Estados Unidos e desempenhou um papel de intermediário nas discussões que levaram ao acordo internacional para limitar o programa nuclear iraniano, concluído em Viena em julho de 2015.
A tensão entre Teerão e Washington tem vindo a subir desde que o presidente norte-americano, Donald Trump, decidiu em maio de 2018 retirar unilateralmente o país do acordo e restabelecer sanções contra o Irão, que muito prejudicam a sua economia.
"Procuramos, com outras partes, acalmar as tensões entre Washington e Teerão", declarou o chefe da diplomacia omanita, Yussef Ben Alawi Ben Abdallah, na rede social Twitter.
"Uma guerra pode prejudicar o mundo inteiro e tanto os norte-americanos como os iranianos estão 'conscientes dos perigos'", disse, sem precisar que outras partes estão envolvidas.
Revelando opinião semelhante, o chefe da diplomacia do Iraque, Mohammed Alhakim, apelou hoje ao Irão para respeitar o acordo nuclear, depois de Teerão ter ameaçado retirar-se gradualmente se os outros signatários do tratado -- Reino Unido, França, Alemanha, China e Rússia -- não lhe permitirem contornar as sanções norte-americanas.
"Um novo conflito na zona é a última coisa de que precisamos. Já tivemos muitos conflitos na zona", sublinhou Alhakim.
"Não penso que alguém queira o petróleo a 200 dólares o barril num futuro próximo", adiantou.
Nas últimas duas semanas registou-se uma escalada da tensão entre Irão e Estados Unidos, após Washington anunciar o reforço militar do país na região para fazer face a presumíveis ameaças de Teerão. Na quinta-feira o secretário de Defesa admitiu o envio de mais tropas.
O Irão, por seu turno, anunciou na segunda-feira que tinha quadruplicado a sua produção de urânio enriquecido, embora assegurando que se trata de urânio pouco enriquecido, salvaguardado no acordo nuclear.
Na quinta-feira, Teerão disse não estar disposto "em caso algum" a discutir com Washington, enquanto este não mudar de atitude em relação à República Islâmica.
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