Resultado das legislativas é vitória da democracia para Narendra Modi
O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, definiu hoje os resultados das eleições gerais como uma vitória da democracia, e quando o seu partido liderava os resultados na maioria das circunscrições do país.
© Reuters
Mundo Índia
"Nenhum indivíduo ou partido estava lutando nas eleições, mas sim o povo da Índia que estava lutando. Hoje o povo da Índia deu-me razão, e hoje se alguém ganhou foi a Índia. Se alguém ganhou, foi a democracia", indicou numa intervenção perante apoiantes do seu partido nacionalista hindu Bharatiya Janata Party (Partido do Povo da Índia, BJP) em Nova Deli.
Modi assumiu que vai garantir a maioria para governar e acrescentou que os "sentimentos de uma Índia comum vão garantir um futuro brilhante".
Os resultados ainda provisórios anunciados ao início da tarde pela comissão eleitoral cimentavam a supremacia dos nacionalistas hindis na paisagem política e social do gigante asiático, ao fornecerem ao BJP a vitória em 303 circunscrições e a maioria dos 542 lugares na câmara baixa do parlamento.
Nos próximos cinco anos, o hemiciclo da Lok Sabha deverá garantir uma esmagadora maioria açafrão, a cor dos nacionalistas hindus, uma situação pouco habitual na história política do país, habituado a amplas coligações.
Principal força da oposição, o Congresso apenas deveria obter maioria em 50 regiões, um duro revés para este partido decisivo na política indiana desde a independência em 1947.
Numa primeira reação, o primeiro-ministro do Paquistão, Imran Khan, saudou o seu homólogo indiano pela contundente vitória eleitoral.
Numa mensagem através da rede social Twitter, Khan manifestou o desejo de colaborar com Modi "pela paz, o progresso e a prosperidade da Ásia do sul".
O Paquistão e a Índia têm uma história de tensas relações.
Os dois países, potências nucleares, estiveram à beira de um conflito em larga escala em fevereiro, quando a aviação indiana desencadeou um ataque no Paquistão em resposta a um atentado suicida em 14 de fevereiro na disputada região da Caxemira controlada pela Índia e que vitimou 40 militares. A Índia responsabilizou pela ação grupos militantes com bases no Paquistão.
O Paquistão retaliou e no dia seguinte abateu um avião de caça e prendeu o seu piloto, que foi depois entregue à Índia, um gesto que contribuiu para diminuir a tensão entre os dois países.
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