Presidente da Ucrânia aponta como primeira tarefa alcançar cessar-fogo
O novo chefe de estado da Ucrânia, Volodymir Zelensky, disse hoje que a primeira tarefa da presidência é conseguir o cessar-fogo em Donbass sublinhando que está disposto a adotar decisões complexas para alcançar o acordo.
© Reuters
Mundo Donbass
"A nossa primeira tarefa é conseguir o cessar-fogo em Donbass", disse Zelenski no primeiro discurso após a tomada de posse como chefe de Estado, numa cerimónia que decorreu no Parlamento de Kiev.
"Posso assegurar que estou disposto a tudo para que os nossos heróis não continuem a morrer. Não tenho medo de tomar decisões complexas. Estou disposto a perder a minha popularidade e, se for necessário, o meu cargo para estabelecer a paz", declarou.
No mesmo sentido frisou que o cessar-fogo deve ser alcançado "sem a perda de territórios".
"Nós não começámos esta guerra, mas somos nós que temos de a terminar. Estamos dispostos a dialogar e estou convencido de que o primeiro passo para o início desse diálogo é o regresso de todos os prisioneiros ucranianos", acrescentou.
Zelensky disse também que a anexação da Crimeia pela Rússia em 2014 e os confrontos na região de Donbass já fizeram mais de 10 mil mortos.
O chefe de Estado frisou que a Península da Crimeia e a região de Donbass são territórios ucranianos, afirmando que não lhe parece correto falar de recuperação de territórios perdidos porque "não se pode perder aquilo que aos outros não pertence".
O novo presidente falou em ucraniano, mas discursou em russo para se dirigir diretamente à população russófona de Donbass.
Nesse momento, o deputado nacionalista Oleh Lyashko, do Partido Radical, interrompeu Zelensky por estar a falar em russo.
O presidente respondeu que os habitantes do país, sejam falantes de ucraniano ou de russo, "são todos ucranianos".
Na mesma sessão, Volodymir Zelensky anunciou a dissolução do Parlamento antecipando as eleições legislativas.
"Eu dissolvo o Parlamento", declarou o novo chefe de Estado perante os deputados e representantes das delegações internacionais reunidos no hemiciclo.
O Parlamento ucraniano é maioritariamente hostil ao novo Presidente que provoca eleições legislativas antecipadas apesar de algumas incertezas jurídicas sobre a votação que estava agendada para o mês de outubro.
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