Respirar na Cidade do México equivale agora a fumar 6,5 cigarros por dia
Dezenas de incêndios florestais deflagraram no México a semana passada, levando nuvens de fumo muito além das áreas queimadas.
© Reuters
Mundo Incêndios
Dezenas de incêndios florestais deflagraram no México nas passadas semanas e as nuvens de fumo foram muito além das zonas do fogo, tendo coberto centros populacionais como a Cidade do México, com 21 milhões de pessoas. Os responsáveis da cidade declararam estado de emergência e têm apelado às populações que se mantenham no interior das casas, evitando o exterior, pois os níveis de poluição aumentaram mais do que é considerado saudável para exposição humana.
As concentrações de PM2.5, partículas minúsculas que são produzidas durante qualquer combustão, atingiram um nível em que respirá-las é como fumar 6.5 cigarros, pois a concentração de PM2.5 no ar atingiu os 158 microgramas por metro cúbico, na terça-feira, dia 14.
As partículas PM2.5 são tão pequenas que facilmente se alojam nos pulmões, agravando problemas respiratórios, como a asma, e contribuindo para vários problemas de saúde.
Segundo uma análise feita por Richard Muller, um professor de Física da Universidade de Berkeley, na Califórnia, se uma pessoa for exposta a uma média de 22 microgramas por metro cúbico de PM2.5 isso seria o equivalente a fumar um cigarro por dia. Por isso se a concentração de PM2.5 for dividida por 22 consegue saber-se a equivalência de cigarros de simplesmente respirar o ar de determinada região.
No caso do dia 14 de maio na Cidade do México isso significou que era o equivalente a fumar cerca de sete cigarros por dia. Mas nos dias seguintes a concentração desceu para 143 microgramas ou cerca de 6.5 cigarros.
Por comparação, depois de os incêndios da Califórnia o ano passado, respirar em determinadas zonas daquele estado norte-americano era como fumar 13 cigarros por dia. E em novembro de 2017, num dia de muita poluição no ar em Deli, na Índia, respirar era o equivalente a fumar 45 cigarros num dia.
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