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Maduro manifesta disponibilidade para dialogar com a oposição

O Presidente venezuelano Nicolás Maduro anunciou hoje ter garantido ao Grupo de Contacto Internacional (GCI) a sua disponibilidade para dialogar com a oposição e ultrapassar a crise social, política e económica no país.

Maduro manifesta disponibilidade para dialogar com a oposição
Notícias ao Minuto

17:20 - 17/05/19 por Lusa

Mundo Venezuela

Numa mensagem na rede social Twitter, Maduro disse que ter-se reunido com o GCI a quem expressou "disposição de resolver as diferenças internas pela via do diálogo".

"Conversámos sobre as agressões económicas do império dos Estados Unidos contra o nosso povo", acrescentou o Presidente venezuelano, que classificou de "importante" a reunião com a missão política do GCI.

Também no Twitter, a vice-presidente da Venezuela, Delcy Rodríguez, saudou a nota divulgada hoje pelas autoridades norueguesas.

As autoridades norueguesas confirmaram hoje a sua mediação no sentido de iniciar o diálogo político entre "o Governo venezuelano e a oposição", para que seja alcançada uma solução para a crise na Venezuela.

"A Noruega informa que manteve contactos preliminares com representantes dos principais atores políticos da Venezuela, numa fase exploratória, com o objetivo de apoiar a busca de uma solução para a situação no país", refere uma nota do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Oslo.

Na sua mensagem no Twitter, Delcy Rodríguez escreveu que "a Venezuela saúda o comunicado emitido pelo Governo da Noruega. O Presidente Nicolás Maduro ratifica e reafirma o caminho do diálogo como única via para o entendimento entre os venezuelanos, no âmbito da defesa da paz e do respeito pela soberania".

O comunicado da Noruega, tem lugar depois de a oposição confirmar que foram feitos contactos com as autoridades daquele país para encontrar uma solução para a crise na Venezuela.

No entanto, segundo o presidente do parlamento, Juan Guaidó, "não há nenhum tipo de negociação" e qualquer eventual acordo passa pela saída de Nicolás Maduro do poder, um governo de transição e eleições livres na Venezuela.

O Presidente Nicolás Maduro, recebeu, na noite de quinta-feira, os representantes do Grupo de Contacto Internacional (GCI) no palácio presidencial de Miraflores, em Caracas.

A reunião resultou da presença em Caracas de uma missão política do GCI, na qual Portugal está representado pelo secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Luís Carneiro.

A chegada dos representantes do GCI ao palácio presidencial foi transmitida em direto pelo canal estatal Venezuelana de Televisão (VTV), tendo sido possível ver o momento em que, além de José Luís Carneiro, representantes da Alemanha, Espanha, França, Itália e dos Países Baixos cumprimentavam o chefe de Estado.

A embaixadora da União Europeia em Caracas, a portuguesa Isabel Brilhante Pedrosa, e o ministro de Relações Exteriores da Venezuela, Jorge Arreaza, também estiveram presentes.

O envio da missão a Caracas saiu da reunião que o GCI efetuou na semana passada na capital costa-riquenha, São José.

O GCI integra, além de Portugal, sete outros países europeus (Espanha, Itália, Reino Unido, Holanda, Alemanha, França e Suécia), a União Europeia (UE) e quatro países latino-americanos (Costa Rica, Equador, Uruguai e Bolívia).

A crise política na Venezuela agravou-se em 23 de janeiro, quando Juan Guaidó jurou assumir as funções de Presidente interino e prometeu formar um Governo de transição e organizar eleições livres.

Na madrugada de 30 de abril, um grupo de militares manifestou apoio a Juan Guaidó, que pediu à população para sair à rua e exigir uma mudança de regime, mas não houve desenvolvimentos na situação até ao momento.

Nicolás Maduro, 56 anos, no poder desde 2013, denunciou as iniciativas do presidente do Parlamento como uma tentativa de golpe de Estado liderado pelos Estados Unidos.

À crise política na Venezuela soma-se uma grave crise económica e social, que já levou mais de 2,3 milhões de pessoas a fugirem do país desde 2015, de acordo com dados das Nações Unidas.

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