Reitores de universidades brasileiras: Bloqueio orçamental atinge até 54%
A associação que representa os reitores das universidades federais brasileiras revelou na quinta-feira que a percentagem do bloqueio orçamental imposto pelo Ministério da Educação às universidades ultrapassa os 50%, segundo a imprensa local.
© Reuters
Mundo Cortes na educação
A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior no Brasil (Andifes) detalhou que o bloqueio de verbas sobre as despesas não obrigatórias das universidades varia entre 15,82%, como é o caso da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), e 53,96%, na Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB).
A média do bloqueio orçamental é de 29,74%, segundo a associação, citada pelo portal de notícias G1.
As despesas não obrigatórias abrangem gastos com contas de luz, água, telefone, pagamento de empresas terceirizadas, verbas para pesquisas e investigações, assim como investimento em obras e equipamentos.
O ministro da Educação do Brasil, Abraham Weintraub, afirmou na quinta-feira, na Câmara dos Deputados em Brasília, que está disposto a conversar com todos os parlamentares e reitores das universidades para tentarem chegar a um acordo quanto às contas das instituições de ensino federais.
Milhares de pessoas protestaram na quarta-feira nas ruas de mais de 170 cidades do Brasil contra o bloqueio de verbas destinadas às universidades e colégios públicos do país.
As manifestações ocorreram nas 27 capitais regionais do Brasil e também em pequenos municípios onde estudantes, professores e elementos de movimentos sociais foram às ruas para expressarem o seu descontentamento face ao anúncio de cativações de 30% nas verbas atribuídas às instituições de ensino mantidas pelo Governo central.
Esta foi a primeira demonstração pública de oposição ao Governo do Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, que tomou posse em 01 janeiro.
Em abril, o Ministério da Educação informou que iria cativar 30% das verbas atribuídas às instituições de ensino federais mas, depois, explicou que o congelamento seria de 24,84% nas chamadas despesas discricionárias, usadas para garantir o pagamento de despesas de manutenção como as contas de água e luz, por exemplo.
Nas universidades federais brasileiras, a cativação é de 1,7 mil milhões de reais (380 milhões de euros), o correspondente a 3,43% do orçamento dedicado a estas instituições, segundo o mesmo ministério.
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