Avô resgatou os sete netos que tinham sido levados para o Estado Islâmico

O músico chileno Patricio Galvèz esperou mais de um mês até ter a resposta que procurava. "Não saio daqui sem eles", tinha avisado.

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© Reprodução Facebook/Patho Galvèz

Pedro Filipe Pina
16/05/2019 11:35 ‧ 16/05/2019 por Pedro Filipe Pina

Mundo

Síria

Foi uma longa espera mas que teve final feliz, apesar de toda a tragédia associada.

Depois de recolher, através de campanhas, apoios para a viagem, o músico chileno Patricio Galvèz, que vive na Suécia, conseguiu resgatar os sete netos.

As crianças, todas com entre um e oito anos de idade, tinham sido levadas para territórios ocupados pelo Estado Islâmico ou nascido já lá.

A filha do cantor, Amanda, e o seu companheiro, o norueguês, Michael Skramo, integraram o contingente de milhares de estrangeiros radicalizados, que deixaram os respetivos países para se juntarem às fileiras do decadente autoproclamado Estado Islâmico.

O grupo terrorista que chegou a controlar vastas partes de território no Iraque e na Síria foi perdendo força e terreno, até ficar reduzida a uma fracção do que já foi. Neste entretanto, há milhares de crianças de futuro incerto, envolvidas na guerra por culpa alheia.

Era precisamente nesta situação que se encontravam os sete netos de Patricio Galvèz.

O músico conseguiu juntar apoios e levou consigo pouca roupa sua mas muita roupa de criança, como contou uma jornalista que há um mês acompanhou a sua história. Na altura, o músico foi claro nas suas intenções: "não volto à Suécia sem eles".

Este avô conseguiu chegar até às crianças, que tinham sido mantidas num acampamento de refugiados na Síria, e, depois, foram transferidas para a cidade iraquiana de Erbil, onde receberam cuidados médicos e aguardaram documentos para poderem viajar à Suécia.

A espera de cerca de um mês pela documentação terminou agora da melhor maneira, com as crianças a serem retiradas daquele cenário de guerra e a terem direito agora a oportunidades que os próprios pais lhes tinham 'roubado' quando se juntaram às fileiras dos extremistas. 

Nas redes sociais, o músico mostrou-se "eternamente grato" pela ajuda que teve nesta árdua tarefa de recuperar as criança. "Os meus netos estão todos super bem e felizes por estar de volta a casa", afirmou já após a chegada a Gotemburgo. 

"Agora só me resta desejar e trabalhar pela liberdade e repatriamento de todas as outras crianças retidas na Síria", finalizou.

 

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